A APostA dA voLkswAgen - Assobrav

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A melhor nA cAtegoriA. 3 s H o w ... A 4 Rodas apontou como destaque o motor biturbo com tração 4Motion integral, 180cv e câmbio de .... compra das mulheres e continua nos tratando .... Brasil no quarto maior produtor mundial de chocolate  ...
Publicação da associação brasileira de distribuidores volkswagen

Ano 34 • n• 303 ABRIL 2O12

Amarok A aposta da Volkswagen

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Amarok, a melhor na categoria

ão é de hoje o interesse do consumidor pelas picapes. No mundo, esse segmento vende cerca de dois milhões de unidades e no Brasil a tendência é a mesma, tanto que a competição entre as marcas está cada vez mais acirrada. Com mérito, a Amarok, da Volkswagen, vem conquistando a preferência dos apreciadores de picapes, inclusive dos que vivem nas grandes cidades. Desde o seu lançamento, em maio de 2010, a picape implantou no mercado uma nova referência no padrão de tecnologia embarcada: na motorização com impacto na redução de consumo de combustível e emissão de poluentes, no aumento da segurança ativa e passiva e o no conforto tanto para o motorista quanto para o passageiro, além do maior e mais ergonômico compartimento de carga da categoria (2,52 m2) com facilidade de acesso. A Amarok Highline Automática, a mais recente versão da marca, estreou com grande sucesso e mereceu da imprensa especializada o primeiro lugar entre as picapes médias encontradas no mercado nacional. As revistas 4 Rodas e Car and Driver analisaram as concorrentes Nova Chevrolet S10, Nissan Frontier e Toyota Hilux. A 4 Rodas apontou como destaque o motor biturbo com tração 4Motion integral, 180cv e câmbio de 8 marchas, a 8ª utilizada como overdrive e o conforto: “Seu motor é mais silencioso, o banco traseiro é confortável. Há boa oferta de equipamentos”, disse a revista. A publicação Car and driver, por sua vez, atribuiu notas: para o conjunto mecânico, 97 e para a performance, 87, superando as concorrentes. Além da tecnologia, a Amarok Highline Automática se diferencia pela exclusividade dos itens oferecidos: Airbag para motorista e passageiro, ABS Off – Road, EDL- Bloqueio Eletrônico do Diferencial, Luzes de frenagem de emergência, Controle automático de descida  (HDC) incorporado ao ESP  - Sistema Eletrônico de Estabilidade (opcional: versões Trendline e Highline), Assistente para partida em subida (HSA) incorporado ao ESP - Sistema Eletrônico de Estabilidade (opcional: versões Trendline e Highline) e RBS. São muitos os benefícios oferecidos pela Amarok, mas a Volkswagen se preocupou ainda com mais um, a maior facilidade de carregamento. Ao diminuir a altura entre o assoalho da caçamba e o solo, ficaram apenas 780 mm. Faça o test-drive.

SHOWROOM

Conselho Editorial

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6 Quem Passou Por Aqui

24 Capa

A mensagem do Conselho Editorial.

5 Cartas

Amigos e personalidades que visitaram a Assobrav e o Grupo Disal.

8 Gente

Getúlio Ursulino Netto, presidente da ABICAB Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados, é um dos responsáveis por comandar a festa mais doce do ano: a Páscoa.

14 Meio Ambiente

As projeções mais otimistas dizem que as mudanças climáticas que causam aumento das áreas propensas à seca e chuvas menos intensas e frequentes nas zonas tropicais e subtropicais contribuem com a diminuição de 20% da água do planeta. Isto significa que até 2050, 2 milhões de pessoas em 48 países enfrentarão problemas de falta d’água. É urgente adotar práticas que no dia a dia contribuam para evitar esta ameaça. Parte dos envolvidos no setor automobilístico e proprietários de veículos já estão fazendo a sua parte. Veja como.

18 Treinamento

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A televisão foi a grande responsável pelo incremento do ensino a distância. Com a imagem os conteúdos ganharam vida. Além disso, pela TV é possível aferir a assistência do aluno à teleaula, confirmando sua presença, bem como

A Amarok Highline Automática, a mais recente versão da marca, estabelece novos padrões de consumo de combustível, de segurança e conforto, similares aos mais luxuosos carros de passeio, com tecnologias absolutamente novas no segmento de picapes médias como, por exemplo, a tecnologia biturbo do motor TDI biturbo de última geração com sistema de injeção direta de combustível. A tração é 4x4 não permanente (4Motion) que proporciona um excelente desempenho em qualquer condição de piso, principalmente fora de estrada. Para enfrentar essas situações mais severas, a caixa de câmbio dispõe de um sistema de redução para todo o terreno que permite transpor até subidas íngremes, com ângulo de 45º (100% de inclinação), com o veículo totalmente carregado. Mas isto não é tudo. Saiba mais sobre a Amarok Automática no interno desta edição.

28 A Passeio

A Capadócia tem uma das histórias mais ricas da Turquia. Foi capital do império hitita até 1.100 a.C. Importante província do Império Romano, mencionada até na Bíblia.

36 Freio Solto

A opinião, a crítica e a ironia do jornalista Joel Leite.

GENTE

A PASSEIO

CAPA O que dizem sobre Showroom.

é permitido outorgar-lhe um certificado de conclusão. Por essa razão, foi lançada a Assobrav TV, veículo destinado ao treinamento da Rede VW, bem como ao incremento da comunicação entre a entidade, as empresas do Grupo Disal e os concessionários.

3 Recado

37 TechMania

Os testes em laboratórios e em pistas de provas da indústria automobilística, segundo o jornalista Fernando Calmon.

38 Fala Sério!

O novo tom da crônica de Maria Regina Cyrino Corrêa.

39 Quando a Bola Rola...

O comentário de Marcelo Allendes sobre o que acontece nos gramados, quadras, piscinas...e em outros espaços também.

40 Novidades

O que há de novo em eletrônicos, periféricos de informática e outras utilidades.

41 Livros&Afins

Nossas dicas para a sua biblioteca, cedeteca, devedeteca e pinacoteca.

42 Vinhos&Videiras

A opinião abalizada de Arthur Azevedo, diretor executivo da ABS – Associação Brasileira de Sommeliers – SP e editor da revista WineStyle e do site www.artwine. com.br

42 Mesa Posta

Receitas, segredos e informações sobre a história da gastronomia com o chef Gustavo Corrêa.

Publicação mensal da

Embora as mulheres influenciem as compras, ainda são consideradas apenas como coadjuvantes na decisão, isto porque permanecem em um “nível” abaixo dos homens no organograma da sociedade. Enquanto não houver, na prática, igualdade de salários e igualdade de condições para o crescimento profissional nas empresas entre homens e mulheres, o sexo frágil continuará a ser apenas o sexo frágil e não o sexo que decide. Paula Maria Nascimento

O poder de compra das mulheres Ótima a matéria de capa da edição passada de Showroom (Edição 302 – Março 2012). O comércio realmente ainda não se deu conta do poder de compra das mulheres e continua nos tratando como crianças, oferecendo apenas “mimos e brinquedinhos femininos”, bens que não correspondem às possibilidades e até necessidades de investimento que temos. Juliana Prata

Tratamento diferente

Parabéns pela matéria sobre a comemoração do Dia Internacional da Mulher. Longe da abordagem comum, o texto da jornalista Silvia Bella nos mostra claramente, nas diferentes expressões que possibilita a mídia, o quanto ainda se distingue o apelo para homens e mulheres, ainda que ambos sejam, hoje em dia, trabalhadores, empresários ou profissionais liberais, contribuindo igualmente para o desenvolvimento da sociedade. Joaquim Espírito Santo

Omã

Desconhecia as belezas de Omã. Foi uma grata surpresa encontrar este destino nas páginas de Showroom (Seção A Passeio, Edição 302 – Março 2012). Cleiton Pereira

Galaxy Tab 7.0

É muito bom o aparelho celular Galaxy Tab 7.0, apresentado por vocês na seção Novidades da edição passada (Edição 302 – Março 2012). Estou com um e o seu manuseio é espetacular, sem falar da qualidade da câmera, sem dúvida, fora de série. Recomendo. Marcelo Alves

N.R.: Recordamos que para receber Showroom mensalmente os interessados devem enviar um e-mail à Redação ([email protected]) informando o seu endereço e solicitando o envio da publicação. Os pedidos serão atendidos por ordem de chegada e conforme a disponibilidade de exemplares.

Ano 34 – Edição 303 – abril de 2012

Conselho Editorial Antonio Francischinelli Jr. , Juan Carlos Escorza Dominguez, Mauro I.C. Imperatori e Silvia Teresa Bella Ramunno. Editoria e Redação Trade AT Once - Comunicação e Websites Ltda. Rua Itápolis, 815 • CEP 01245-000 São Paulo •SP • Tel (11) 5078-5427 [email protected] Editora e Jornalista Responsável Silvia Teresa Bella Ramunno (13.452/MT) Redação - Rosângela Lotfi (23.254/MT) Projeto Gráfico e Direção de Arte Azevedo Publicidade - Marcelo Azevedo [email protected] Publicidade Disal Serviços - Wanda Miguel (011) 5079-5181 [email protected] Impressão Gráfica Itú Tiragem 6.000 exemplares Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. As matérias assinadas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a posição da Assobrav. Registro nº 137.785 – 3º Cartório Civil de Pessoas Jurídicas da Capital de São Paulo. Assobrav Av. José Maria Whitaker, 603 CEP 04057-900 São Paulo – SP Tel: (11) 5078-5400 [email protected] Diretoria Executiva Presidente: Sergio Antonio Reze Vice-presidentes: André Luiz Cortes Martins Bruno Ferreira Abib Carlos Roberto Franco de Mattos Jr. Cesar Fernando Álvares de Moura Eraldo Barbosa dos Santos Francisco Veríssimo de Souza Filho Marcelo Cyrino da Silva Marcos Ricci Goldstein Mauro Pinto de Moraes Filho Diretores Ad-hoc: Álvaro Antonio Cardoso de Souza Darli Antonio Borin Eduardo Rosa Biacchi Luiz Francisco Viscardi Rodrigo André Gaspar de Faria Sergio Ribeiro Werner Walter Keiti Yaginuma Conselho de Ex-Presidentes Mauro Saddi, Elias Monteiro, Paulo Pires Simões, João Cláudio Pentagna Guimarães, Rômulo D. Queiroz Monteiro Filho, Orlando S. Álvares de Moura, Amaury Rodrigues de Amorim, Carlos Roberto Franco de Mattos, Roberto Torres Neves Osório, Elmano Moisés Nigri e Rui Flávio Chúfalo Guião.

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O sexo que decide

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Walter Sigollo, superintendente de Recursos Humanos da Sabesp e presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA/ SP, para, com o seu conhecimento profissional, engrandecer a tarde de lançamento da Assobrav TV, dia 21 de março passado...

Esbanjando um português muito bem falado, o executivo da Volkswagen do Brasil, Dieter Strass, do departamento de Desenvolvimento da Rede VW, para mais uma reunião das muitas agendadas para este ano...

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Jacson Drews, diretor da VW Carburgo, em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, e presidente da Unisul, Região III, para trocar experiências com os concessionários do “outro” Brasil, durante encontro geral da liderança VW...

Também Samuel Xavier dos Santos, da VW Ouro Minas, de Ouro Preto, Minas Gerais, e presidente da Unisudoeste, Região VII, compareceu à sede da Assobrav para analisar o mercado nacional e as peculiaridades de cada região...

José Ribeiro de Castro, diretor comercial da VW Reauto, de Contagem, Minas Gerais, para uma visita às instalações da entidade e às empresas do Grupo Disal...

O presidente executivo da Dtcom, expert em telecomunicação e em treinamento a distância, Leonardo Petrelli Neto, para participar do primeiro programa da Assobrav TV, novo veículo de treinamento e comunicação da Rede Volkswagen...

Paulo Huascar Viana Junior, da VW Auto Capital, da encantadora Florianópolis, Santa Catarina, pontualíssimo, para discutir as oscilações do mercado e propor melhorias nas ações de varejo da marca...

Diretamente de Barbacena, Minhas Gerais, para a central de atendimento da XVI Cenassobrav, instalada na Assobrav, Edson Picinin, da VW Apec, para inscrever-se presencialmente no maior evento da Rede VW... SHOWROOM

Pedro Alberto Pugliese, o Pitula, da VW Ciavena, de Arapongas, Paraná, para, com simpatia e engajamento, participar dos momentos decisivos da Rede Volkswagen...

Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, para prestigiar o evento e dar o testemunho de eficiência do veículo como instrumento para o aprimoramento dos diferentes públicos das concessionárias, uma vez que a Assobrav TV nasce espelhada na TV Fenabrave e destinada ao mesmo sucesso...

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Fotos: divilgação

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Getúlio Ursulino Netto O defensor do chocolate

Por Thais Martins

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Revista Showroom: Como começou sua relação com o chocolate? Getúlio Ursulino Netto: Sou do interior de São Paulo, de Marília. Na época da escola, meu pai costumava me presentear com dois Sonho de Valsa e um ingresso para o cinema a cada nota boa que tirava nas provas. Era sempre uma expectativa para receber o agrado. Cresci querendo vender chocolate. Assim que me formei em marketing na Universidade Católica de São Paulo, me apresentei na Lacta em busca de trabalho. Falei que queria aprender com eles. As pessoas ficaram surpresas com minha iniciativa e me deram a posição de assistente do diretor. O salário era baixo, mas não me importava, falava que eles estavam me pagando para ensinar. Como foi a experiência em trabalhar em uma das principais indústrias de chocolate? Foi um aprendizado sem fim. Sempre fui uma pessoa de vendas, então enxergava cada produto da

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Na Páscoa de 2011 fizemos 18 mil toneladas, ou seja, 18 milhões de quilos de chocolate para se comer em três dias.

esde a infância, Getúlio Ursulino Netto, tem uma relação muito próxima com o chocolate. O produto regeu sua trajetória profissional e hoje, como presidente da ABICAB, é um dos responsáveis por comandar a festa mais doce do ano: a Páscoa Mais de 80 milhões de ovos de Páscoa invadiram as gôndolas dos supermercados, lojas e padarias em todo o Brasil com um grande número de variedades e preços. Ao todo são quase 800 mil pontos de venda que ficam mais coloridos com as tradicionais parreiras que estamparam, este ano, cerca de 90 lançamentos, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (ABICAB). Entre as novidades estão os ovos trufados, de colher e os licenciamentos de marcas, aposta das empresas para incrementar a venda de seus produtos nesta época do ano. O responsável por todo esse movimento é Getúlio Ursulino Netto, também ex-diretor de marketing da Lacta. Porém, seu amor ao produto vem de antes.

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empresa isoladamente. O BIS, por exemplo, sempre foi um campeão de vendas, mas mesmo assim ainda poderia ser melhor. Ele era vendido a granel, com muito açúcar e em pacotes com 20 unidades. Depois de muito estudo, por volta dos anos 70, sugeri fazer uma cobertura mais amarga para não enjoar e embalar os biscoitos um a um, para que o wafer não perdesse o “crack”. Isso facilitou até mesmo para os supermercados, que passaram a estocar o produto. Com certeza, este foi um dos marcos de minha carreira na Lacta. De assistente de diretor a diretor de marketing, ajudei a empresa a se tornar a número um no segmento. O senhor encabeçou uma campanha de mudança cultural do produto também... Sim, as pessoas encaram o chocolate como uma guloseima, e muitos deixam de consumir com medo de engordar. Só que o produto é feito de leite, cacau e açúcar, propicia muita energia, é um alimento. Os soldados comiam chocolate como fonte de energia. Conceito não é uma coisa que se muda de um dia para o outro. Por isso, criei campanhas que abordavam seus benefícios: ser gostoso, alimentar e fornecer uma “carga rápida de energia”. Em relação sobre sua atuação nas entidades do setor, o que o senhor destacaria como conquista? Paralelamente ao meu trabalho na Lacta, sempre exerci cargo de liderança em entidades, inicialmente no Sindicato das Indústrias de Produtos de Cacau, Chocolate, Balas e Derivados do Estado de São

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Paulo, SICAB e, posteriormente, na ABICAB, onde estou no comando há 10 anos. O maior desafio foi transformar o Brasil no quarto maior produtor mundial de chocolate, mercado liderado pela Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. Com a melhora do poder aquisitivo, o mercado cresceu 11% em relação ao ano passado; passamos a exportar para 142 países. A indústria brasileira tem progredido. O consumo médio no sudeste é de quase 4 quilos, o mesmo que o consumo europeu. Sobre a Páscoa: quais foram os números do setor? A indústria está cada vez mais criativa, ovos com cascas diferentes, recheios, brindes, licenciamento de marcas. Na Páscoa de 2011 fizemos 18 mil toneladas, ou seja, 18 milhões de quilos de chocolate para se comer em três dias. Nossa perspectiva para este ano é aumentar em 10% esse número. Isto é o dobro da nossa economia. As lojas desse segmento florescem. Não tem uma empresa que abra suas portas e enfrente grandes dificuldades. É um mercado em ascensão. Além disso, a Páscoa é uma época que gera mais de 20 mil empregos temporários, desde a fabricação até a comercialização e exposição dos produtos nos pontos de venda. Anualmente a ABICAB realiza o Salão de Páscoa. O que a iniciativa representa para o mercado? Representa um marco. Nossos associados, as maiores indústrias de chocolates (Kopenhagen, Cacau Show, Munik, Village, Ferrero Rocher, Arcor, entre muitos outros) apresentam em primeira mão para a imprensa seus lançamentos para a Páscoa daquele ano. Antes disso, ninguém sabe quais serão as suas novidades. É o momento em que a mídia e o consumidor ficam sabendo o que poderão encontrar nas lojas. É uma verdadeira festa.

Este ano, os destaques em termos de produtos ficaram para os ovos trufados, de colher e os licenciamentos, estratégia que agrega valor ao produto de 5% a 15%. Tanto que a Nestlé, por exemplo, investiu pesado. Dos seus 50 tipos de ovos, 11 são licenciados, como Justin Bieber, Piratas do Caribe, Phineas e Ferb. A Village terá o tema do Scooby-Doo, Patati Patatá e Galinha Pintadinha. E por aí vai.

Diante de tanto trabalho, sobra tempo para descansar, ter hobbies? É piegas falar, mas gosto de trabalhar. Deus tem sido bom comigo, tenho conhecimento, dons, ganhei dinheiro, tenho liberdade. Hoje, com 77 anos, devo para a sociedade o que recebi. Por isto, trabalho alegre e com o que gosto. O chocolate é bom para as pessoas, e de certa forma contribuo com isto.

muitos deixam de consumir com medo de engordar. Só que o produto é feito de leite, cacau e açúcar, propicia muita energia, é um alimento. Os soldados comiam chocolate como fonte de energia.

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O que o chocolate representa para o senhor? Ele está ligado principalmente à emoção. Reparem na expressão das crianças ao abrirem um ovo de Páscoa. Não tem preço. Além disso, é um produto de grande aceitação, é de bom gosto presentear em qualquer ocasião, qualifica quem dá. Em qualquer lugar conseguimos comprar um bombom, com preços variados, não pesa no bolso. Costumo brincar que quem não consegue vender chocolate, não consegue vender mais nada. Na sala de reunião da ABICAB sempre temos. Costumo brincar que é para repor nossas energias. Mando chocolate para as autoridades com recadinhos engraçados. “Quando sua energia estiver acabando, use a nossa”.

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Práticas eficientes e revolucionárias para a economia de água

Em poucos anos a água será um recurso tão caro e escasso quanto o petróleo é hoje, e com igual potencial de causar disputas e guerras. Quando sabemos que a Terra é azul, que três quartos da superfície está coberta de água parece alarmismo. Não é. Grande parte, 97.5% dessa água é salgada e não potável, é água dos oceanos. O restante, 2.5% é água doce, estocada em aquíferos (29.7%), em calotas polares (68.9%), 0.5% em rios e lagos e 0.9% em nuvens, vapor d’água etc. O resultado final é que apenas 0.26% de toda água existente no planeta está disponível para consumo humano.

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Por Rosângela Lotfi

disponibilidade mundial é pouca. A população do planeta continua crescendo, consumindo e poluindo excessivamente. Aliado a isso ainda há o aquecimento global. Segundo um dos mais importantes e completos relatórios sobre a água no mundo, feito pelo Programa Mundial de Água da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), as mudanças climáticas que causam aumento das áreas propensas à seca e chuvas menos intensas e frequentes nas zonas tropicais e subtropicais, contribuem com a diminuição de 20% da água do planeta. O mesmo relatório destaca que até 2050, 2 milhões de pessoas em 48 países enfrentarão problemas de falta d’água. Esta é a projeção otimista. A pessimista afirma que serão 7 milhões de pessoas em 60 países. Hoje já existem 1,1 bilhão de pessoas praticamente sem acesso à água doce. Nos próximos 20 anos, o mesmo relatório prevê que a disponibilidade de água por pessoa vai cair um terço. Ainda em 2050: 45% da população mundial não terá a quantidade mínima de água para necessidades individuais básicas, independente de qual previsão se concretizar e quando, governos e a sociedade devem se mobilizar para gerenciar os recursos existentes. E há várias maneira de fazer isso: diminuir drasticamente a poluição e não despejar lixo em rios, lagos e canais (segundo a ONU, cerca de seis milhões de toneladas de lixo são diariamente despejadas nesses lugares); desenvolver tecnologias que permitam a captação, armazenamento e preservação da água nos mananciais; tratamento, transporte e distribuição eficiente das águas públicas; regulamentação e controle das captações (poços/cacimbas) dos reservatórios subterrâneos de água potável; tratamento e reaproveitamento das águas e captação das águas da chuva, maximizando

os reservatórios e estoques de água, usando de modo inteligente a água de precipitação.

Abençoado

O mesmo relatório da ONU que prevê o caos, destaca países que se sobressaem quando o assunto é tratamento da água: Finlândia, Canadá, Nova Zelândia e GrãBretanha apresentaram os melhores desempenhos e lideram esse ranking. Já o Brasil, Rússia, China e Canadá são os países que detêm as maiores reservas de água mundial. Só o Brasil, “abençoado por Deus e bonito por natureza” tem em seu poder 12% das reservas planetárias de água doce. Mais um motivo para cuidar e economizar. Não é o que acontece, não ainda. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, só com a higiene pessoal, os brasileiros gastam duas vezes mais água do que seria necessário. A ONU indica que uma pessoa precisa de cerca de 110 litros de água por dia para consumo e higiene. Mas, no Brasil, o gasto diário por pessoa chega a ultrapassar 200 litros. Somos “limpinhos” e gostamos, igualmente, de deixar nossos carros limpos. A lavagem de carros é inimiga da economia e uso racional de água. Estimam-se gastos da ordem de 320 litros de água por carro de passeio lavado com mangueira. Com balde, a média de gasto é de 80 litros.

Indústria automobilística preocupa-se há tempo

A preocupação com o uso correto, seja pelos custos ou pelo impacto ambiental, existe em todos os elos da cadeia automotiva. As maiores montadoras de automóveis no Brasil investem pesado para

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até 2050, 2 milhões de pessoas em 48 países enfrentarão problemas de falta d’água.

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cortar ao máximo possível os gastos com a água utilizada na produção. Visam reduzir o custo que representa entre 1% a 1.5% do valor total do carro. A economia na conta de água também é motivada pela preservação ambiental. A Volkswagen, por exemplo, implantou um Sistema de Gestão Ambiental e conquistou a ISO 14001 em todas as suas fábricas. A montadora opera poços artesianos, renegociou contratos com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e adotou uma série de medidas de racionamento dos gastos com água. Antes, gastava R$ 5 por metro cúbico de água potável. Agora, gasta R$ 1. A meta é ser autossuficiente no abastecimento e devolver menos ao esgoto.

15 mil litros até o concessionário

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Segundo o mesmo relatório da Unesco, a água invisível, isto é, a água que é usada na produção de tudo que é fabricado, no caso de um carro de passeio é da ordem de 14.800 litros só até chegar à concessionária. Nas autorizadas os gastos com água continuam, por isso, os empresários da distribuição também procuram alternativas, seja para atender a legislação ambiental, para reduzir custos ou por preocupação com sustentabilidade. No que tange à legislação, alguns estados como o Rio de Janeiro já obrigam atividades intensas de lavagem de veículos como lava rápidos, postos de combustíveis, transportadoras e empresas de ônibus a reaproveitar a água utilizada na lavagem. A lei visa evitar o desperdício de água potável e segue o exemplo de alguns países que preservam os recursos hídricos pela reutilização da água, em um sistema que exige a implantação de estações de tratamento. A água que escorre da lavagem dos veículos –composta por sabão, água de enxágue e cera - é transportada por meio de calhas até uma cisterna e depois é bombeada até tanques, onde recebe produtos biodegradáveis, passa filtragem e decantação

até ficar limpa de novo. Um sistema que custa aproximadamente R$ 120 mil. Bem mais barato são os produtos que lavam a seco como os da Ekobrazil – Inteligência Ecológica. Empresa nacional com fábrica em Santa Catarina e centro de distribuição em Cachoeirinha (RS), a Ekobrazil existe há quatro anos com uma linha de produtos de limpeza residencial, industrial e automotiva totalmente ecológica e focada na redução do consumo de água.

Ecológico

Álvaro Ártico, executivo com larga experiência na indústria automobilística – trabalhou na Volkswagen do Brasil entre 1966 a 1990 e presidiu a VW Portugal – é o representante nacional da fábrica. Ele garante que o Eko Auto, voltado para a limpeza tanto interna, quanto externa de veículos, utiliza apenas 300 ml de água. “O produto rompe as moléculas de gordura e desengraxa e, na fórmula há componentes naturais como a cera de carnaúba e protetores de raios ultravioleta. O produto, além de limpar, hidrata, impermeabiliza, revitaliza e encera em uma única operação.” E só misturar em um pulverizador cinco mililitros do Eko Auto e 300 ml de água e aplicar em pequenas áreas com um pano macio em movimentos circulares, e dar o acabamento com uma flanela limpa também com movimentos circulares. Se o veículo estiver muito sujo, ou necessitar de limpeza interna, é só aumentar a quantidade de água para no máximo 500 ml. Outra vantagem, conta Ártico, é que o produto continua a quebrar as moléculas de gordura até chegar ao destino final totalmente degradado. O custo por lavagem é irrisório: R$ 0.60 centavos mais o custo da quantidade de água recomendada por lavagem. Carro-chefe da empresa Ekobrazil, o Eko Auto destina-se aos 6,9 mil distribuidores de veículos nacionais e importados e às 93,4 mil oficinas de reparação de veículos que também utilizam muita água e produtos

químicos como querosene para limpar as peças de reparo, além de lava rápidos, locadoras de veículos etc. Além do custo baixo, outra vantagem é que não é preciso deslocar o carro para a limpeza: o chão do showroom ou da oficina não ficam sujos ou encharcados, a sujeira fica no pano.

Alguns concessionários da Rede Volkswagen como a Unidos e o Grupo Abrão Reze de Sorocaba já utilizam o produto, este último lavando cerca de 40 carros por dia. A operação da Ekobrazil com o Eko Auto começou em outubro de 2011. Sob o comando de Ártico, está conquistando o mercado com a nomeação de representantes que realizam demonstrações da eficácia da linha de produto. Na região sul do País já foram nomeados 2 mil representantes. Representantes estão sendo nomeados também em São Paulo, e a empresa começa a se expandir para a região norte-nordeste do Brasil. Em São Leopoldo e Cachoeirinha, os representantes passaram por treinamento e, em Porto Alegre, a empresa inaugurou em março uma Central de Relacionamento com os clientes. O próximo, conta Ártico, será em Sorocaba (interior de São Paulo). Outro serviço prestado pela Ekobrazil para os concessionários, por enquanto só em Porto Alegre, é a terceirização de mão de obra para lavar os carros. As concessionárias não precisam nem se preocupar em deslocar um funcionário para essa tarefa. A linha completa de produtos abrange todas as necessidades de limpeza, de lojas à indústria. A linha residencial, por exemplo, promete substituir com qualidade e economia todos os produtos de limpeza em uma casa, inclusive o sabão em pó de lavar roupas. Promete

e demonstra para quem quiser conhecer a remoção completa daquele branco, resultado do resíduo de sabonete e xampu que ficam incrustados no box de vidro no banheiro. Há também uma linha para restaurantes e cozinhas industriais que limpa e restaura peças de alumínio e aço inoxidável. Todos os produtos da Ekobrazil são certificados pela Anvisa, Imetro e possuem selo de adequação a ISO 14001 e, todos, seguem a mesma filosofia: economizar água.

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Linha completa

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O ensino a distância revolucionou a vida de muita gente, provando que sim, é possível aprender sem estar presente em uma sala de aula e diante de um professor. As exigências para isso, mais que técnicas são pessoais: foco, determinação, disciplina e perseverança. Cada um ao seu tempo – liberdade que contribui para o sucesso do método – todos alcançam o objetivo sem pressão, e talvez por isso, com maior comprometimento.

N 18

Da Redação

o Brasil, o ensino a distância tem números impressionantes: hoje o método forma mais professores para a educação infantil e para o fundamental 1 do que a educação presencial. Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) demonstram que dos 118.376 estudantes que concluíram essas habilitações em 2009, 65.354 (55%) graduaram-se por EAD (Ensino a Distância), contra 52.842 (45%) egressos da educação presencial. O resultado não deixa dúvidas, indica uma tendência: a de crescimento do Ensino a Distância no País.

Origem

Na verdade, a maior oferta de cursos a distância no Brasil só vai validar uma tradição, pois apesar de parecer um método moderno, a origem do EAD remonta à Alemanha no ano de 1890 e à Universidade de Chicago, em 1881, que oferecia um curso da língua hebraica por correspondência. No Brasil a modalidade chegou em 1937 com a criação do Serviço de Radiodifusão Educativa, do Ministério da Educação, que ministrava aulas por meio do rádio, acompanhadas por apostilas. A primeira empresa particular a trazer um trabalho de ensino a distância foi o Instituto Monitor, que desde 1939 já atendeu mais de 5 milhões de pessoas. Mais tarde, em 1941 foi criado o Instituto Universal Brasileiro, disponibilizando cursos por correspondência, no início com material impresso e depois com fitas de vídeo. O Instituto, que objetiva a formação técnica, tem cerca de 200 mil alunos e já atendeu desde o seu nascimento a 4 milhões deles. Ambos - Instituto Monitor e Instituto

ou cidades afastadas dos centros urbanos”, explica, argumentando que este seria um dos principais motivos para a aplicação de EAD no aprimoramento de professores. Um dos limitadores do ensino a distância no Brasil é ainda o tecnológico. Ao pensar na internet como propagadora desta modalidade, constata-se que nem todos os municípios são servidos de banda larga, apesar de o País ser o quinto maior do mundo em conexão a web e ter um computador para cada dois habitantes. Porém, essa limitação é vencida facilmente pela televisão, esta sim, com qualidade de primeiro mundo.

Vantagens da TV

A persuasão da imagem

No Brasil, a televisão começou a ser utilizada para a transmissão de conhecimento a partir de 1965 com a TV Educativa, mas o grande salto foi dado em 1977 com a criação da Fundação Roberto Marinho, que também colocaria no ar, em 1981, o famoso Telecurso 1º e 2º graus, hoje Telecurso 2000, que ministra as matérias do ensino fundamental e médio com o apoio de apostilas. Pela TV também avançaram os cursos universitários, graças à regulamentação por parte do governo federal em 1998, que os reconheceu legalmente. Hoje já são 215 cursos superiores reconhecidos pelo MEC,

ainda que a maior procura continue pelos cursos supletivos do ensino médio. “Em nosso país a EAD se impõe como necessidade, diz João Carlos Teatini, diretor de Ensino a Distância da Capes, instância responsável pela UAB, iniciativa do governo federal de fomento à modalidade. “Essa necessidade – diz ele - fundamentase, entre outros aspectos, pela dimensão continental do território e pela carência financeira de grande parte da população.”

A internet ainda não chega a todos A maior parte dos cursos de graduação da Capes destina-se às licenciaturas para capacitar o professor da Educação Básica, em municípios do interior sem oferta de educação superior pública. “Eles enfrentam dificuldades enormes de deslocamento. Não têm tempo para se qualificar. Essa realidade existe nas metrópoles

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Universal Brasileiro – funcionam até hoje, mesmo com a chegada da TV nos anos 1950 e das mídias mais recentes. É claro que a televisão foi a grande responsável pelo incremento do ensino a distância. Com a imagem os conteúdos ganharam vida.

“O custo da televisão barateou muito para a disseminação do ensino a distância; hoje a implantação da plataforma tecnológica é cada vez mais fácil. Além disso, pela TV é possível aferir a assistência do aluno à teleaula, confirmando sua presença, bem como é permitido outorgar-lhe um certificado de conclusão”, afirma Leonardo Petrelli, presidente executivo da Dtcom – Educação e Comunicação Corporativa, empresa pioneira na utilização interligada de TV e internet para promover educação e desenvolvimento profissional no ambiente corporativo e público. Além de parceiro, Petrelli foi um dos debatedores do programa inaugural da Assobrav TV, veículo destinado ao treinamento da Rede VW, bem como ao incremento da comunicação entre a entidade, as empresas do Grupo Disal e os concessionários. A transmissão, ocorrida dia 21 de março passado diretamente do auditório da Assobrav, em São Paulo, contou também com a presença de Walter Sigollo, superintendente de

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Recursos Humanos da Sabesp, Conceição Mirandola, diretora da Fundação Volkswagen, Leonardo Tosello, gerente da Academia Volkswagen, Mauro Imperatori, diretor de Assuntos Jurídicos e Políticos da Assobrav e Décio Carbonari de Almeida, presidente da ANEF e do Banco Volkswagen, instituição patrocinadora da Assobrav TV. O debate, comandado pela jornalista Fátima Turci, da Record News, foi transmitido ao vivo para 321 locais, que cobrem 100% da área operacional de vendas da Rede VW – mais de 600 pontos de vendas – atingindo 20 mil pessoas. No auditório, executivos da Volkswagen do Brasil, convidados e concessionários da capital paulista interagiram com os debatedores. Das outras regiões, os empresários mandaram mensagens e perguntas via SMS, e-mail e telefone, além da participação ao vivo dos concessionários Cleide Simões Videira Cozzi, da Marte Veículos, em São Paulo e Helmult Altheim, do Corujão, em Curitiba, que manifestaram sua opinião acerca do treinamento a distância e sobre os benefícios que serão trazidos com a Assobrav TV, diretamente dos estúdios da Dtcom em São Paulo e na capital paranaense.

Informar e formar pessoas

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“Hoje se concretiza mais uma parte do sonho que começou dois anos atrás, quando presidi

a Fenabrave”, disse Sergio Reze, presidente da Assobrav e principal incentivador das TVs corporativas como promotoras do treinamento e desenvolvimento de pessoas, momentos antes de ter início o debate. “Com a Assobrav TV, a Rede VW vem se unir à iniciativa das redes Ford e Volvo que já se utilizam de suas TVs para formar e informar pessoas, nossa obrigação como líderes classistas e como cidadãos”, afirmou. Conceição Mirandola, diretora da Fundação Volkswagen, também ressaltou a importância do engajamento das empresas na educação da sociedade durante o debate: “A Fundação Volkswagen superou seus próprios muros e foi participar da educação formal, capacitando professores e ajudando estudantes em vários projetos na escola pública, portanto, é nosso objetivo comum participar ativamente do desenvolvimento do País e esta ferramenta (Assobrav TV) é mais uma porta que se abre para essa meta.” Já o superintendente de Recursos Humanos da Sabesp, Walter Sigollo, enfatizou a agilidade e a eficiência da TV corporativa para transmitir mensagens a um grande público. “A Sabesp precisou preparar 16 mil funcionários no Estado de São Paulo, localizadas em 365 municípios diferentes, quando mudou o seu perfil de atendimento ao público e a TV foi fundamental nesse processo.”

O argumento foi referendado por Mauro Imperatori, diretor de Assuntos Políticos e Jurídicos da Assobrav e outro grande incentivador do treinamento constante:”O Brasil tem 8 milhões de quilômetros quadrados, tal como a União Europeia, formada por 27 países. A discrepância está em que esses 27 países são o maior repositório mundial de cultura, enquanto nós ainda temos 8 milhões de quilômetros quadrados para educar. Com a Assobrav TV poderemos cobrir toda a Nação com o mesmo conteúdo, ao mesmo tempo, por um custo que não vamos cobrar”, disse, recordando que a instalação das antenas em cada concessionária da marca foi patrocinada pela Assobrav.

A revolução do conhecimento

Além dos treinamentos e comunicados que serão dados pela Assobrav, pela Volkswagen, pelo Banco Volkswagen e pela Fundação Volkswagen, a Assobrav TV é vista por todos os parceiros do projeto como uma poderosa ferramenta de inclusão social, no instante em que possibilitará outros conteúdos além dos específicos dirigidos aos diferentes profissionais das concessionárias. “Nada impede que um funcionário do setor da contabilidade assista ao curso de expressão verbal ou língua estrangeira”,

salientou Sigollo, da Sabesp. “Ao ofertar possibilidades de novos conhecimentos, a organização passa a agir em favor da retenção de seus melhores colaboradores, porque estando consciente de que ela lhe dá a possibilidade de crescimento também intelectual e pessoal, o colaborador sempre considerará sua permanência na empresa, mesmo diante de uma oferta tentadora”, emendou Leonardo Tosello, da Academia Volkswagen. Um bom exemplo foi dado pelo presidente do Banco Volkswagen, Décio Carbonari de Almeida, segundo o qual, além dos treinamentos regulares aos funcionários, o Banco convida personalidades de outros setores para falar a eles, como recentemente aconteceu com o crítico de cinema Rubens Ewald Filho, que deu uma palestra sobre a sétima arte aos colaboradores. “Nossa preocupação com o bom atendimento é muito grande. Por isso, o Banco Volkswagen vai além do mero treinamento técnico. Ao contribuir para o desenvolvimento pessoal de nossos colaboradores, fazendo com que eles tomem

contato com o conteúdo e o dia a dia de outras áreas, temos certeza de que ao oferecerem nossos produtos aos clientes o farão com muito mais propriedade, segurança e competência.”

Próximos programas

O Banco Volkswagen e o Escritório Regional I da Volkswagen do Brasil já marcaram reuniões com a produção da Assobrav TV para adequar conteúdos e escolher horários para suas primeiras transmissões. Os demais parceiros – Academia Volkswagen e Fundação Volkswagen – também manifestaram interesse em utilizar a Assobrav TV o mais rapidamente possível para falar a toda a rede de concessionários concomitantemente. “Estou muito impressionado com o que vi aqui”, disse Jochen Funk, diretor de Vendas da Volkswagen do Brasil, ao final do programa inaugural. “Através da Assobrav TV teremos mais uma

poderosa ferramenta para melhorar nossos treinamentos e para contribuir com a evolução pessoal dos diversos públicos das concessionárias”. Antes da transmissão ser encerrada mais um importante depoimento foi dado, o de Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, que, espontaneamente subiu ao palco para dizer que “é preciso quebrar a resistência que se tem com relação ao treinamento a distância, pois sua eficiência está comprovada através do número de alunos inscritos na modalidade. Enquanto em 2009 eram 52.8320, em 2010 já eram 2.261.921. Eu espero que com este exemplo da Assobrav, mais associações de marca criem as suas TVs, para que, embaixo do grande guardachuva que é a TV Fenabrave, possamos disponibilizar o melhor conteúdo para o setor da distribuição de veículos, e assim, melhorar a prestação de serviços aos nossos clientes, objetivo maior do nosso negócio.”

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Jochen Funk (VWB), Petrelli (Dtcom), Sérgio Rezze (Assobrav), Flávio Meneghetti (Fenabrave) e Décio Carbonari Banco VWB)

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A hora e a vez das picapes

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A frota brasileira cresceu 121% entre 2001 e 2011. Desconsiderando os veículos pesados, os segmentos que mais avançaram foram as motocicletas e as picapes, com impressionantes 304% e 106%, respectivamente. Algumas análises apontam que o brasileiro dos rincões das regiões norte-nordeste está trocando os burros e os jegues por motos. Já o mercado de picapes cresce atrelado, não só à expansão do agronegócio e outras atividades econômicas, mas ao fato de as caminhonetes estarem cada vez mais luxuosas, como os SUVs que delas derivaram e são sonhos de consumo de muitos que nem cogitam colocar um pneu na lama.

SOPHIA ZAHLE

té 2006, na conta do emplacamento de veículos comerciais leves entravam modelos tão dispares quanto o descontinuado Fiat Fiorino até o luxuoso Land Rover Defender. Naquele ano, a Fenabrave mudou o critério e passou a contabilizar os sub segmentos (SUVs, picapes pequenas, picapes grandes, etc.) separadamente dentro da categoria comerciais leves. O market share do segmento C de picapes, que os jornalistas chamam de médias, adotando a classificação estadunidense (veículos com comprimento superior a 5 metros e capacidade de carga de uma tonelada) e a Fenabrave chama de grandes, oscila conforme a quantidade de modelos oferecidos e renovação, ou não, dos mesmos. Em 2006 essa participação foi 23,6%, nos anos seguintes ficou estagnada na casa dos 20%, até amargar uma queda de dois pontos percentuais em 2011, alcançando 18,99% no acumulado do ano passado.

Mais e mais competidores

No mundo todo são vendidos cerca de dois milhões desses veículos anualmente. No Brasil, a competição começou a se acirrar desde o ano passado e este ano promete pegar fogo, com a renovação e maior oferta de opções e de modelos dos principais players do segmento: a tradicional S10 da Chevrolet, a Toyota Hillux, a Mitsubishi L200, a Ford Ranger, a Frontier da Nissan e a VW Amarok. Especula-se ainda a entrada da Fiat, com um produto decorrente da associação com a Chrysler, que já vendeu por aqui a Dodge Ram.

Caçula

Em 2011 a Mitsubishi lançou a L200 Triton, modelo 2012 com mais tecnologia instalada; a Nissan, uma versão especial da Frontier, e a Toyota fez um face-lift na Hillux, adicionando dispositivos de segurança, como controle de tração e estabilidade, além de kit multimídia. No primeiro trimestre deste ano, a veterana com 16 anos de mercado e detentora de quase metade da frota circulante de picapes médias no Brasil, a S10, foi totalmente renovada. O lançamento da outra veterana, a Ranger, está prometido para abril. A Volkswagen entrou no segmento C de picapes em 2010 com a Amarok e conquistou prêmios importantes. No Brasil, foi eleita pela revista AutoEsporte, publicação da Editora Globo, a “Picape do Ano 2011”, e venceu a categoria “Picapes Médias Cabine Dupla até R$ 90 mil” na eleição “Melhor Compra – Edição 2011” da revista Quatro Rodas, da Editora Abril. Na Alemanha ganhou um prêmio organizado pela associação que representa a indústria automotiva alemã (VDA), conquistando a primeira edição do “International Pick-Up Of The Year 2011” no 63º Salão Internacional de Veículos Utilitários de Hannover.

Para vários perfis

“Posicionar-se neste segmento é um desafio para todas as montadoras, porque objetivam atrair perfis distintos de consumidores”, explica Julian Semple, consultor sênior da Carcon Automotive. Um desses perfis é o consumidor que faz dela uso diário, que a utiliza como ferramenta de trabalho e busca a praticidade, robustez, boa capacidade de carga e de reboque, espaço na cabine, SHOWROOM

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acessíveis, inclusive, uma exclusiva para frotistas. Hoje é oferecida em cinco versões: a básica cabine dupla, com opções de tração 4x2 (traseira) ou 4x4 selecionável e motor turbodiesel 2.0 de 122 cv; a Trendline e Highline 4x4 cabine dupla com motor 2.0 TDI biturbo de 163 cv, além da SE exclusiva para frotistas. Agora, a linha foi ampliada e a essas versões soma-se outra: a versão de cabine dupla equipada com transmissão automática.

Melhor tecnologia

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economia de combustível, entre outros atributos, como visibilidade e dirigibilidade. São consumidores que rodam em estradas esburacadas e de chão batido, muitos são frotistas, que compram as opções mais simples, com cabine simples ou dupla, tração 4x4 e motor a diesel que são mais econômicos que o motor a gasolina ou flex. Tanto que uma pesquisa sobre o perfil dos compradores, realizada pela GM, revela que 45% são fazendeiros ou empresários; 41% rodam com a picape ao menos uma vez por semana em estrada não pavimentada e 45% vivem em cidades com menos de 500 mil habitantes. Os mercados que se destacam são: Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Ribeirão Preto (SP).

Luxo, sofisticação, elegância

O outro perfil de consumidor se relaciona com o universo das realizações e projeções de estilo de vida. São consumidores que buscam lazer, aventura, que apreciam o design robusto, a força, conforto, a tecnologia avançada; que esperam o luxo e a elegância encontrados em carros mais caros, além da possibilidade de rodar por diversos terrenos e do fator combustível (diesel). “Sem esquecer os que a usam como ferramenta de trabalho, as montadoras têm de pensar no mercado de luxo”, afirma Semple. Ao lançar a Amarok, a Volkswagen optou por abrir o mercado, focando nos consumidores que buscam luxo e estilo de vida e depois disponibilizou versões mais

A nova Amarok estabelece novos padrões de consumo de combustível, de segurança e conforto, similares aos mais luxuosos carros de passeio, com tecnologias absolutamente novas no segmento de picapes médias como, por exemplo, a tecnologia biturbo do motor TDI biturbo de última geração com sistema de injeção direta de combustível. A tração é 4x4 não permanente (4Motion) que proporciona um excelente desempenho em qualquer condição de piso, principalmente fora de estrada. Para enfrentar essas situações mais severas, a caixa de câmbio dispõe de um sistema de redução para todo o terreno que permite transpor até subidas íngremes, com ângulo de 45º (100% de inclinação), com o veículo totalmente carregado.

a Amarok com cabine dupla, o comprimento da caçamba é de 1.555 mm, o melhor do segmento, assim como sua largura (1.620 mm). A superfície de carga é de 2,52 m2. A Amarok consegue transportar na caçamba um palete padrão Euro (1.200 mm x 800 mm) na transversal.

Os itens conforto e sofisticação são garantidos no modelo Highline pelo ar condicionado automático (Climatronic), sistema de som sofisticado e o revestimento dos bancos em couro. Os equipamentos de segurança também estão presentes. A Amarok dispõe de airbags para motorista e passageiro dianteiro e cintos com pré-tensores nos bancos dianteiros. Como opcional, o item de segurança ativa, o ESP, controle eletrônico de estabilidade. Parte integrante da função ESP, o modelo, quando equipado de gancho de reboque, conta também com um sistema de estabilização do conjunto. Outro item é a possibilidade do acionamento da função “off

road”, ao toque de um botão, até uma velocidade de 100 km/h.

A aposta da Volkswagen

“O ESP, os bloqueios eletrônicos dos diferenciais (EDS), o controle de tração (ASR) e o sistema de frenagem antibloqueio (ABS) são adaptados a condições off road, o que faz com que o ABS reduza significativamente a distância de frenagem, mesmo na terra e em pisos de cascalho. Abaixo de 30 km/h, com a função “off road” ativada, entra em ação o assistente de frenagem em descidas, que mantém a velocidade constante em declives. O sistema

permite que o motorista ajuste a velocidade, acionando o pedal do acelerador ou do freio, com o assistente de frenagem em descidas ativado”, informa a Montadora. Produzida na Argentina, assim como a maioria (exceção da S10) das concorrentes, a Amarok é a aposta da Volkswagen para conquistar vários mercados mundo afora, começando pela América do Sul, mas também a Europa, por suas características de economia de combustível. Sem esquecer o maior mercado do mundo para essa categoria de carro, a América do Norte, além de Austrália, África e Ásia, locais onde as picapes, por sua versatilidade como utilitário e de lazer, são muito apreciadas. SHOWROOM

Segurança

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“Jorge é da Capadócia, viva Jorge! Jorge é da Capadócia, salve Jorge!” Jorge Bem Jor

Terra de São Jorge, santo muito amado no Brasil e no mundo, a Capadócia tem uma das histórias mais ricas da Turquia. Foi capital do império hitita até 1.100 a.C. Importante província do Império Romano, mencionada até na Bíblia. Por Carolina Gonçalves

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cenário onírico faria bonito em qualquer filme de ficção científica com suas planícies lunares e as grandes “chaminés de fada”, como são conhecidas as formações rochosas que mais parecem cogumelos gigantes. Mas ainda tem mais. As casas são construídas dentro da rocha e algumas cidades são subterrâneas. Há igrejas dentro das cavernas, com surpreendentes afrescos bizantinos. Este enorme “formigueiro” ainda pode ser visto do alto, em voos de balão, que colorem o céu azul da região. Não é a toa que a Capadócia tornou-se um destino cada dia mais procurado.

As formações rochosas vêm de erupções dos vulcões Eriyes, Hasan e Melendiz, que cobriu de lava uma região de 20.000 km2, há 30 milhões de anos. A erosão fluvial e do vento desgastou o terreno pacientemente nos milênios seguintes, esculpindo as chaminés das fadas. No início da era cristã, as comunidades religiosas chegaram e batizaram de Göreme, que significava “aqui você não pode me ver”. Acredita-se que o próprio São Paulo passou por estas igrejas. A Capadócia é apontada como o segundo berço do Cristianismo. Diz a lenda que Maria teria sido levada para lá depois da crucificação de Jesus Cristo. São Jorge está representado em algumas capelas do Museu a Céu Aberto de Göreme. Ao lado dos Sítios Rupestres, o Museu a Céu Aberto foi considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Ele guarda tesouros dos primeiros cristãos que se esconderam na região para sobreviver às perseguições do Império Romano. É a maior concentração de construções religiosas

trogloditas numa região onde este tipo de patrimônio é muito frequente. Sua vocação para centro da vida monástica abrigou diversas igrejas escavadas nas pedras, entre os séculos 7 e 13. Muitas delas ainda são abertas às visitas. Os interiores cobertos de afrescos bizantinos são verdadeiras experiências sensoriais e de fé, usados para a melhor compreensão dos evangelhos naqueles primeiros tempos.

Retratos de Santos e Novo testamento

Tokali Kilise - Igreja da Fivela - foi construída no século 10, sobre uma igreja mais antiga. É a maior, mais bem conservada e muitas vezes renovada. Muitos a consideram a mais fascinante de todas em função de sua planta e de seus afrescos. Mesmo tendo sido construídas no mesmo século, duas partes da igreja são chamadas de velha e nova. A velha tinha uma nave com uma abóbada de berço. Para a construção da nova, foi demolida a abside. A velha é o átrio da nova, que tem arcos de estilo SHOWROOM

Vocação monástica

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oriental e arcadas. Além da nova e da velha, ainda tem uma capela lateral, à esquerda, com uma nave abobadada, além de uma cripta com três naves e sepulturas. Os afrescos da igreja velha, da segunda metade do século 10, são clássicos da pintura arcaica da Capadócia, do período anterior ao período iconoclasta. São cenas do Novo testamento e retratos de santos, com cores pálidas e predominância do vermelho e do verde. Já os afrescos da igreja nova, também do século 10, ou mesmo do início do século 11, também são arcaicos, com fundos azuis.

Mais igrejas e seus significados

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A Igreja do Elmali, também conhecida como a Igreja da Maçã, é do século 11. Foi construída em 1050. É uma das menores e mais importantes. O interior em formato de cruz traz cenas da vida de Cristo, mártires e bispos. À direita do

altar encontra-se uma representação da Santa Ceia, com o símbolo de um peixe, que em grego é o acrônimo de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador. A Karanlik Kilise - Igreja Escura - foi um complexo monástico construído no século 11, com uma igreja, uma nave principal, duas pequenas absides e quatro colunas. Provavelmente, por entrar pouca luz, é uma das igrejas onde os afrescos estão mais bem conservados. O interior mostra cenas do Novo Testamento como a Natividade, a Adoração dos Magos, a Traição de Judas e um Cristo Pantocrator, que traz as escrituras na mão esquerda e tem a mão direita em posição de benção, indicando sua dupla natureza, divina e humana. Datada do final do século 11, a Igreja de Santa Bárbara traz pinturas aplicadas diretamente sobre a rocha. Seu afresco mais famoso mostra um gafanhoto ladeado por duas cruzes. A

interpretação mais provável é de que o gafanhoto simbolize o mal, contido pelas cruzes.

Lendas

Cidades subterrâneas

Vale a pena visitar Derinkoyu, uma das 36 cidades subterrâneas da região. As cavernas interligadas formam uma colmeia, onde comunidades inteiras viviam em tempo integral, usando cozinhas comunais, estábulos, quartos, igrejas, tudo sem uma fresta de luz, sob o chão. O que se sabe sobre estas habitações é que foram usadas

pelo século 7, porém arqueólogos divergem sobre sua origem. Alguns datam como 4 mil anos a.C., ainda da época dos hititas. Outros afirmam que é ainda mais antiga, por volta de 9 mil a.C. São 20 níveis, mas só 8 estão abertos à visitação pública. Há cisternas para armazenar azeite, sistemas de dispersão de fumaça nas cozinhas sem ser notada na superfície, armazéns para alimentos, poços de água e um incrível sistema de ventilação para que o ar entrasse e percorresse todos os níveis, mesmo os mais inferiores. A temperatura ambiente gira sempre em torno de 13ºC, independente do clima lá fora. Daí surge uma das teorias de sua origem, como abrigo durante uma era glacial. Escavada na rocha vulcânica, também pode ter sido construída como refúgio em caso de guerra, por sistemas de segurança que destacam-se em sua arquitetura rudimentar. São mais de 600 saídas conhecidas, além de um túnel de 8 km que liga a cidade a outra cidade subterrânea, Kaymakli. Derinkoyu poderia abrigar milhares de pessoas.

Vales

Passeios pelos vales são uma boa oportunidade para observar as formações rochosas, fálicas, as chaminés de fada. O Vale de Pasabag,

também conhecido como Vale dos Monges, estende-se entre os povoados de Avanos, Zeive e Ürgüp. Também chamado de Vale Rosa por causa da cor rosada da sua rocha vulcânica. São muitas formas diferentes para ser admiradas. O Vale Devrent tem rochas em formatos singulares, que lembram animais e cogumelos, o que justifica seu outro nome, Vale Imaginário. Além de tumbas e castelos romanos, podese divertir descobrindo rochas que parecem camelos, cobras, gorilas, focas. Já o Vale Ihlara fica numa região muito bonita, às margens do rio Melendiz. Junto a uma vila de mesmo nome, está uma garganta com 16km de comprimento, escavada na rocha vulcânica pelo rio. No extremo norte tem uma escadaria com 400 degraus e mais de 100 metros de desnível que dá acesso ao fundo da garganta. A região tem muita água e esconderijos naturais, o que a tornou perfeita como refúgio dos primeiros cristãos. Há cerca de 50 igrejas na região então conhecida como Peristrema. A decoração das igrejas mostra influências orientais e ocidentais, perceptíveis nas roupas dos personagens retratados. As igrejas mais próximas de Ihlara são quase todas anteriores ao período iconoclasta. As mais próximas de Belisirma têm decoração de estilo bizantino dos séculos 10 e 11. SHOWROOM

A Igreja da Serpente - Yilanli Kilise - tem uma nave abobadada, longa e baixa. Um afresco mostra São Jorge e São Teodoro vencendo uma serpente. Há também um afresco que mostra Santa Helena segurando a Vera Cruz, ao lado de seu filho, o imperador Constantino. Diz a lenda que Santa Helena foi, aos 80 anos, à Terra Santa, em busca da cruz, depois de um sonho. A imagem de Santo Onofre é explicada pelos guias de forma curiosa: o ermitão que viveu mais de 60 anos no deserto teria sido uma mulher que, interessada em escapar das tentações, pediu a Deus que a tornasse feia. Deus então deulhe longa barba, com a qual passou a cobrir o corpo no deserto. A capela de Santa Catarina foi construída por uma mulher chamada Ana e tem uma cúpula central. Há nove túmulos no chão do nártex e duas sepulturas nos nichos das paredes. São Jorge está retratado em uma pintura, montado em seu cavalo, ao lado de outras pinturas de São Basílio, São Gregório, São João Batista, Santa Teodora e Santa Catarina.

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As igrejas mais antigas

Ao sul estão as mais antigas, como AgaçaltiKilise - Igreja Debaixo da Árvore – que tem a planta em formato de cruz. Provavelmente foi construída no século 7, com três andares. Mas dois andares e a sala de entrada caíram. Ainda assim há vários afrescos em boa situação, que resistiram às destruições e imagens do período iconoclasta. O mais interessante mostra os Três Reis Magos oferecendo seus presentes. Num outro, igualmente bonito, vê-se Daniel e os leões. Na cúpula central o tema é a cena da Ascensão de Jesus. YilanliKilise tem representações do inferno datadas do século 9, que mostra pecadores nus entrelaçados com monstros serpentes e uma rara imagem de Satanás. SümbüllüKilise é do século 10, com planta em T, o que demonstra uma transição para o estilo bizantino. As paredes mostram Constantino e sua mãe, Santa Helena. Na região ainda estão PürenliSekiKilise e KokarKilise.

“Expia os pecados da minha alma”

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Ao norte estão igrejas mais próximas de Belisirma. DirekliKilise - Igreja das Colunas - tem três naves e foi construída no século 10. Um de seus afrescos mostra a Virgem com o Menino. Também tem um com São Jorge lutando com o dragão. Essa igreja teria sido fundada pelo imperador bizantino Basílio II, que reinou de 976 a 1025. KirkdamaltiKilise - Igreja dos Quarenta Telhados - foi dedicada a São Jorge por Basílio Giagoupes, um emir cristão, entre 1283 e 1295, sendo a mais recente do vale. Nesta igreja há um afresco que mostra São Jorge

matando uma serpente de três cabeças, com uma inscrição acima onde se lê “expia os pecados da minha alma”. Na região ainda se encontra KaragedikKilise, em mau estado de conservação.

O famoso voo de balão

Mas o melhor mesmo é voar sobre a Capadócia. Vale a pena pagar, acordar muito cedo, encarar o frio da madrugada e torcer para ser um dos 300 dias por ano em que as condições de voo estão favoráveis. A emoção começa com o balão inflando. Do chão, é uma festa para os olhos ver os pontos coloridos no céu. Voam 70 balões ao mesmo tempo. O voo parte das proximidades de Göreme. A partida é muito suave, prenunciando um bom passeio. Onde vai pousar vai depender do vento. O piloto controla quando subir ou descer o balão e aproveita as correntes para direcionar o passeio. A quase 2 mil metros do chão, o silêncio só é quebrado pelo vento. Vista do alto, a Capadócia é ainda mais estranha e bonita. O cenário é surrealista. As cores, intensas. Para uma experiência completa, que tal hospedarse bem no coração do cenário? O Museum Hotel fica numa área com cavernas e casas de pedra com milhares de anos. É como ficar no meio de um conto de fadas. Restaurado por 4 anos, o hotel butique abriu as portas em 2002. Cada detalhe foi pensado para tornar a hospedagem numa experiência intensa da história, da arte e da cultura da Capadócia. Brasileiros não precisam de visto para visitar a Turquia.

Coautores ou cúmplices? Por JOEL LEITE

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udo pode ser uma inovação. Tudo mesmo, até o velho. Assim: você pega uma coisa velha - um vaso de flores – dá a ela uma nova roupagem ou coloca num lugar inusitado. Virou novo. Você criou, transformou e a isso se dá o nome de inovação. Essa descoberta foi ao mesmo tempo alentadora e broxante. Broxante porque o ABS que o brasileiro terá no carro a partir de 2014, por imposição legal, pode ser chamado de “inovador”. E é, para quem nunca teve o equipamento. Assim como foi inovadora a obrigatoriedade do espelho retrovisor do lado direito, na década de 1990 do século passado. Acreditem: antes da “força da lei” que determinou obrigatoriedade do equipamento, o cliente chegava na concessionária e recebia a oferta do vendedor: “O senhor gostaria de levar como opcional no seu carro um lindo retrovisor no lado direito?” A indústria tem agido assim: inova, mas cobra essa inovação “por fora”. Pra quem compra carro de entrada, a tecnologia é opcional. E custa caro. Ao mesmo tempo é alentador saber:

Dia desses participei de um simpósio de tecnologia na indústria automobilística e descobri que o freio ABS é uma inovação. O velho ABS - que, pensava eu, fosse uma evolução do freio - é uma inovação. - que a inovação não é obra apenas de gênios pensantes, mas pode ser resultado de uma pequena ação do mais comum dos mortais; - que as transformações dependem das nossas ações; - que a revolução, pessoal e social, está em nossas mãos; - que a criação não é o resultado de um insight genial, mas de um processo às vezes difícil e doloroso e – o mais importante – construído a quatro mãos, ou mais. Por isso, é difícil dizer quem é o dono do rebento. Na própria indústria quase não há registros de paternidade das inovações. Quem foi o inventor do ABS? Mesmo quando o inventor é conhecido, há dúvidas em relação à paternidade: quem inventou o avião? Santos Dumont ou os irmãos Wright? Muita gente contribuiu para que os três realizassem a proeza de fazer voar um objeto mais pesado do que o ar. Mas foram eles que realizaram o feito. E fotografaram! É injusta, portanto, a decisão do juiz Miguel de Brito Lira Filho,

da 3ª Vara Cível de João Pessoa, de bloquear os bens provindos da música “Ai se eu te pego”, do cantor Michael Telo, em ação movida por universitárias paraibanas que se consideram coautoras do refrão da música. Disseram que a composição nasceu num dia de passeio na Disneylândia. Posso imaginar: Michel Teló e as meninas na montanha russa. “Ai”, disse a primeira. “Ai se eu te pego”, disse a segunda. A terceira completou “Ai, ai” (não seria plágio da primeira?). E assim nasceu a obra de arte... Mas foi Michael quem “inovou”. Como se diz, foi ele quem juntou as letrinhas e transformou frases desconexas num sucesso mundial. Se todo mundo que contribuiu, direta ou indiretamente, para a formatação da música de Michael Teló reivindicasse os seus direitos, todos nós, homens, poderíamos ser considerados coautores do refrão. Afinal, quem é que já não olhou para uma garota e se expressou com um “Ai, que delícia”? ou “Se eu te pego...”. Somos, portanto, todos coautores. Ou seríamos cúmplices? Joel Leite é jornalista, formado pela Fundação Cásper Líbero, com pósgraduação em Semiótica, Comunicação Visual e Meio Ambiente. Diretor da Agência AutoInforme, assina colunas em jornais, revistas, rádio,TV e internet. Não tem nenhum livro editado e nunca ganhou nenhum prêmio de jornalismo. Nem se inscreveu.

Uma conta a fechar Valmet é uma empresa filandesa, conhecida no Brasil pela fabricação de tratores que já tiveram essa marca, hoje Valtra. Já a Valmet Automotive, relativamente jovem, fundada em 1968, nasceu sem nenhuma ligação com máquinas agrícolas. Provê serviços de engenharia, sistemas de tetos conversíveis e fabrica veículos para terceiros, além de elétricos. Por Fernando Calmon

á manufaturou modelos específicos para Saab, Talbot, Renault, Lada, Opel e até Porsche (parte da produção do Boxster a fim de atender picos de vendas). Portanto, apresenta respaldo técnico e emprega 1.700 pessoas com filiais na Alemanha, China, EUA, Polônia e Suécia. No recente Salão de Genebra, como tem feito em outras exposições europeias, a Valmet Automotive apresentou um veículo que ela mesma considerou intrigante. Mais que intrigante, talvez desconcertante. Parar em frente dele e tentar adivinhar a intenção dos projetistas era o que os jornalistas faziam. Entre as coisas estranhas, saias laterais rentes ao solo e um prato frontal parecido com espiral de aquecedor elétrico. Para tudo havia uma explicação. Tratava-se de um estudo de demonstração e integração de componentes de um automóvel elétrico, batizado de Dawn (Alvorada, em português). A empresa o descreveu como modelo futurístico (precisava dizer?), de dois lugares, sem teto, estilo

aerodinâmica. Controles e cabos estão aparentes justamente para que se entenda facilmente o projeto. Nada foi escondido, de propósito. “Veículo elétrico sempre atrai atenções. Nós sabemos por quê. Eles sempre estiveram rondando por mais de um século. Tecnologia conhecida já permite o desenvolvimento para qualquer tipo de veículo, do carro esporte ao familiar, de SUV a ônibus. Esperamos que o sucesso que trouxe tanta gente ao nosso estande leve a outros originais, modernos e populares conceitos de elétricos. Tão versáteis como os tradicionais com motores a combustão, porém a partir de fontes de energia mais limpas”, disse Åhlman. Tudo lindo, contudo a conta final deve fechar. E isso ainda parece distante. Fernando Calmon (fernando@calmon. jor.br) é jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna Alta Roda começou em 1999. É reproduzida em uma rede nacional de 65 publicações entre jornais, revistas e sites. É, ainda, correspondente para a América do Sul do site just-auto (Inglaterra).

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limpo e sem compromissos, com aparência de hovercraft (veículo que flutua sobre colchão de ar e possui saias). A bateria é de fabricação própria. Por outro lado, certas soluções são impraticáveis, como distância ao solo quase zero e motor elétrico traseiro protuberante, admitiu Aimo Åhlman, vice-presidente de Desenvolvimento de Produtos. “Desde o início comunicamos que esse não é um carro, nem o conceito de um que poderia ser feito em estágio posterior. Então nunca liberamos seus dados e especificações técnicas porque simplesmente não existem. O Dawn é um demonstrador de componentes elétricos próprios e como podemos integrá-los. A expressão em escala real do que se alcançaria combinando a tecnologia atual de carro elétrico e um desenho visionário.” De fato, ficam bem visíveis as entranhas elétricas de forma nunca vista. O prato azulado no meio do spoiler dianteiro é um carregador indutivo para captar energia em movimento. Na traseira, um plugue de abastecimento rápido. No centro do carro fica o pacote de baterias. A carroceria é esguia e

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Mais do que se gosta Pesquisando sobre abril, encontro um registro que diz que entre 10 e 12 deste mês vai cair o primeiro meteoro que anuncia o fim do mundo. Fiquei intrigada e fui pesquisar mais. Num site, havia uma enquete sobre “o que você faria se soubesse que hoje é o fim do mundo?”

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Por Maria Regina Cyrino Corrêa

iquei assistindo às pessoas responderem. A maioria falou em desculpar-se com os desafetos, ligar para a família, para os amigos, pedir perdão a Deus pelos pecados. Puxa vida, se você faria isso no fim do mundo, por que não faz já? Até porque, pode ser que hoje seja mesmo o fim do mundo pra você, se você morrer atropelado... Se a gente sabe que tem desafetos, que magoou pessoas, que foi ríspido, grosseiro, que fez fofoca, julgou precipitadamente, por que não pede desculpas na mesma hora? Essa questão dos desafetos é tão ruim... Não presta para quem não gosta e para quem não é gostado. Todo mundo tem coisas legais, só esperando a gente perceber. A questão da família é ainda mais complexa. A gente vive como se eles fossem eternos e pudessem esperar pelo próximo domingo, quando vamos desmarcar de novo... Telefonar pra família deveria ser de graça. A gente deveria falar com os pais, os irmãos, os filhos, tios e primos todos os dias. E quem tem avós deveria visitá-

los todo dia! Hoje em dia, o tempo escorre entre os ponteiros do relógio e quando o dia acaba, mal deu tempo de cumprir os compromissos “obrigatórios”! Acho que está tudo errado. Temos tempo pra uma reunião interminável com um cliente chato, com um fornecedor que não cumpre prazos, com o gerente do banco que só diz não... Mas passamos meses adiando o almoço com a amiga de infância. E quando finalmente almoçamos juntas, só reparamos que ela engordou um pouco, ou que está com uma ruguinha nova no canto do olho. Cadê dizer “senti sua falta!”? A questão de pedir perdão a Deus pelos pecados eu nem vou discutir. Isso é de foro íntimo... Mas o que fica é uma sensação de pendência. Como se a gente vivesse sempre adiando coisas que se tornam imprescindíveis diante do fim. Acho que seria mais fácil ir fazendo as coisas legais das quais sentimos falta, assim, paulatinamente, balanceando

com as coisas muito chatas e obrigacionais. Reunião chata? Chopp com um amigo pra rebater. Uma ou duas horinhas de conversa fiada e elogios mútuos. Isso seria uma forma de fim do mundo – fim de um mundo onde ninguém tem tempo pra ninguém. Eu realmente não sei se o mundo vai acabar em 2012. Ninguém sabe. Mas eu acho que é mais do que tempo de começarmos a trazer nossos sentimentos e desejos à tona. Temos que usar nosso tempo pra tentar ser mais felizes no dia a dia. Levar a vida fazendo mais do que gostamos e menos do que nos obrigam. Ou, quem sabe, aprender a gostar mais do que é nossa obrigação. Xi! Agora deu um nó! Enfim, acho que vocês entenderam o espírito da coisa... Maria Regina Cyrino Corrêa, jornalista, publicitária, quer usar este espaço pra dizer aos amigos que sempre pensa neles... E que vai ligar mais vezes! [email protected] http://felllikeaqueen.blogspot.com.br/

Onde estão as crianças?

“Eu era uma criança, esse monstro que os adultos fabricam com suas mágoas”. Por Marcelo Allendes

s pais estão criando filhos à imagem e semelhança deles. Não por acaso, até o guarda-roupa está sendo copiado. E a infância que fique para outra oportunidade. Por alguma razão desconhecida, recebo mensalmente uma revista especializada em artigos de luxo. A caprichada diagramação poupa texto e abusa de belíssimas fotos. Posso encontrar requintados iates, exclusivos hotéis em inalcançáveis destinos, relógios artesanais, jóias estrelares, automóveis milionários. Instintivamente, uma publicação com adjetivos ímpares. Pena que não para meu perfil econômico. A última edição trocou belas modelos e seus improváveis vestidos por um tal fashion kids, crianças até uns dez anos de idade enroupadas como se tivessem mais de vinte. Não entendi a proposta. Achei que criança fosse criança independentemente da camada social. Mas, pelo que parece, a classe alta veste-se de forma diferenciada até para o padrão normal. Ou, acho, essa é a tendência que querem impor os adultos. Da minha infância até a adolescência passei boa parte do tempo com bermuda,

camiseta e kichute. Calçava um tênis melhor unicamente para ir à escola ou a algum aniversário. Para os dias frios, moletom e uma blusa de lá tecida por minha mãe. E estávamos completamente satisfeitos e felizes com isso. Aliás, mais que isso nos envergonhava. Queríamos ser crianças vestidas como crianças e não fantasiadas como adultos. Mas, pelo jeito, a tendência é acelerar as fases naturais e embrutecer a simplicidade. No próximo dia das crianças os brinquedos serão substituídos por chiques conjuntos alinhados, saia e blusinha para as donzelas, calça e camisa para os barõezinhos. Quem sabe uma bolsa de grife e uma gravata italiana para adornar melhor. Se os brinquedos e as brincadeiras infantis de rua foram esquecidas para dar lugar à popularização dos videogames e da internet, passaremos em breve a conviver com miniaturas de homens e mulheres, cópias dos próprios pais. Guardemos as bicicletas, os balanços, as bonecas, o barbante, as pipas, os peões, as bolinhas de gude. Quem sabe sejam úteis para uma geração mais saudável que surja no futuro. Marcelo Allendes é jornalista e colaborador do Banco Volkswagen. Contato: [email protected]

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Jean-Paul Sartre

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TV além da TV

Cheia de recursos

Outro lançamento top de linha da Sony: a câmera semiprofissional DSLR 24.3 MP. Ela tem Tecnologia Espelho Translúcido (TMT®), isto é, substitui o espelho do movimento DSLR por um espelho translúcido, permitindo captar de modo ultrarrápido, com detecção de contrastes, disparando simultaneamente e capturando 12 quadros por segundo, com foco automático contínuo. A resolução efetiva é de 24,3 megapixels e conta com um recurso que, segundo a Sony é primeira DSLR do mundo a oferecer, que permite ao usuário escolher em que modo fotografar ou filmar, se padrão, digital ou em modo cinematográfico em Full HD 1920 x 1080 pixels. O visor traseiro é OLED, que oferece alta resolução e alto contraste, que resultam em fotos com profundidade, além de permitir a visualização dos ajustes de configuração em tempo real para obter a melhor imagem possível. Possui 11 tipos e 15 variações de modo de cor. A velocidade do obturador é controlada eletronicamente com alcance de velocidade de 1/8000 a 30 segundos.

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Preço sugerido: R$ 3.999,00 Nas revendas autorizadas ou em www.sonystyle.com.br

As televisões inteligentes, as smart TVs, conquistarão mais da metade do mercado de TVs em 2015. Pensando nesse imenso potencial e ampliando o portfólio de produtos, a Lenovo, a segunda maior vendedora de PCs do mundo, lança o Set Top Box Lenovo A30 Internet TV. Os “set-top boxes” conectam TVs convencionais a internet, a uma ampla gama de aplicativos (como nos smartphones) e a vários outros conteúdos, inclusive a serviços de programação sob demanda como o Netflix, por exemplo. O Lenovo A30 traz processadores VIA Nano de 1.2 GHz e no processador media system VIA VX900, que segundo o fabricante, soma poder de processamento, desempenho e compatibilidade com qualquer formato de reprodução de vídeos e áudio. O equipamento atua integrando hardware, software e serviços de computação em nuvens e acessa ampla gama de padrões de conteúdo de TVs como noticiários, novelas, programas de esporte, documentários, filmes e programas para crianças. Ainda proporciona acesso a games via cloud computing, programas de karaokê e outros serviços. Preço sugerido: não divulgado.

Binóculo que grava em full HD

Integrante da linha profissional da Sony, o binóculo digital DEV-5K chega ao Brasil. O equipamento captura imagens a distância com ampliação óptica de até 20 vezes e 10 vezes de ampliação digital de modo contínuo, facilitando o enquadramento da cena e a ampliação da imagem para visualização em detalhes, isso porque o zoom e o foco trabalham simultaneamente, o que quer dizer que, mesmo com a ampliação da imagem, o autofoco mantém a nitidez. Além disso, o binóculo digital grava em full HD 3D, através de duas câmeras separadas, cada uma com uma lente de alta qualidade, e dois sensores CMOS Exmor R de um quarto de polegada retroiluminado que pode gravar dois conteúdos Full HD 3D em um único arquivo. O sensor CMOS Exmor R também dá ao DEV-5K a capacidade de capturar e gravar vídeos mesmo em condições de baixa luminosidade, criando imagens claras e limpas. Os indicadores visuais estão localizados na parte traseira, podendo ser vistos e controlados facilmente pelo usuário. A GPS grava automaticamente a localização do usuário durante a captura de vídeo ou fotos. Preço sugerido: R$ 7.000,00 Onde encontrar: nas revendas autorizadas e em www.sonypro.com.br

Mexa-se para viver melhor

Quem faz exercícios físicos cotidianamente sabe que a produção de endorfina vicia. Um vício, ou melhor, uma virtude prazerosa, que só traz benefícios para a saúde e atrai sensação de bem-estar, com a diminuição do estresse e da tensão muscular. O Dr. John J. Ratey, neuropsiquiatra e professor da Universidade de Harvard, autor em parceria com o escritor e editor Eric Hagerman, de “Corpo ativo, mente desperta” [do original Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, Zurique e Viena são cidades vibrantes, cenário Spark], passou os últimos cinco anos de efervescência intelectual e de descobertas sexuais. Carl Gustav Jung está com 29 anos pesquisando a relação biológica entre o corpo, e iniciando sua carreira. No hospital psiquiátrico onde trabalha, a jovem e bela Sabina o cérebro e a mente, trabalho que resultou Spielrein chega diagnosticada como histérica, com um comportamento perturbador e neste livro. Embora não traga nada de muito violento. Jung vê na jovem a oportunidade de utilizar o tratamento experimental de novo, nem nada que dez entre dez médicos Sigmund Freud conhecido como psicanálise ou a “cura pela fala”. não cansem de professar, o livro demonstra Nas sessões com Jung, ela revela uma infância marcada pela humilhação e pelas claramente que exercício aeróbico transforma surras que sofria de seu pai autoritário como sendo a origem para a sua disfunção fisicamente o cérebro humano para que ele sexual, comprovando a teoria de Freud sobre a ligação entre distúrbios emocionais alcance o desempenho máximo. e a sexualidade. A atividade aeróbica prepara e estimula o cérebro O filme “Um método perigoso” retrata esse período, mostra a ligação que surgiu para as atividades de aprendizado, de regulação entre Jung e seu mentor Freud, primeiro trocando correspondência, depois, em do humor e da atenção, diminui o estresse e a encontros pessoais em meio à família de ambos. Mostra a estranha ligação ansiedade e controla os efeitos indesejáveis das entre os dois, uma mistura de amizade, admiração, competição, inveja, mudanças hormonais e do envelhecimento. O ambição e falsidade. Fala como Sabrina se interpõe entre eles, primeiro exercício aeróbico, diz o autor, ajuda a combater desde unindo e depois separando, semeando conflitos e pontos de vista éticos vícios e Alzheimer até os efeitos da menopausa. diferentes, mas mudando para sempre a face do pensamento moderno. O mais inovador do livro é demonstrar que mesmo o Repleto de diálogos interessantes, “Um método perigoso” é um filme exercício moderado estimula os circuitos mentais para inteligente e surpreendente, até para quem não se interessa por combater o estresse e a ansiedade, aguçar o raciocínio e psicologia comportamental. alcançar os outros benefícios. Tendo como base ciência de Baseado no livro homônimo de John Kerr “Um método perigoso” [do original ponta e estudos de caso, John Ratey demonstra e explica, com A Most Dangerous Method] é dirigido por David Cronenberg e estrelado linguagem acessível, que o cérebro funciona exatamente como os por Keira Knightley (Sabina Spielrein), Michael Fassbender (Carl Jung), músculos: cresce com o uso e se atrofia com a inatividade. Seja para Viggo Mortensen (Sigmund Freud) e Vincent Cassel (Otto Gross). o processo de aprendizagem na infância ou para um envelhecimento Estreia prometida: 30/04 saudável, a atividade física constante e regular é uma das armas mais eficientes para o bom funcionamento do cérebro humano, não só do corpo. “Corpo ativo, mente desperta”, de John J. Ratey e Eric Hagerman (tradução de Cristina Paixão Lopes, 296 páginas, editora Objetiva). Preço sugerido: R$ 39,90

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O princípio da psicanálise

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Infusão Clos Canon 2008

é escolhido o melhor tinto de Primeira Classe

Por Arthur Azevedo

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TAM Linhas Aéreas venceu em duas categorias no prestigiado concurso “Cellars in the Sky” (em português, “Adegas no Céu”), que premia as companhias aéreas do mundo todo pelos vinhos servidos a bordo de suas aeronaves. A empresa brasileira recebeu o prêmio de melhor vinho tinto para a Primeira Classe, com o francês Clos Canon 2008, um Bordeaux de elite, produzido em Saint-Émilion. A TAM também foi premiada por ser a companhia aérea que mais aprimorou sua carta de vinhos da Primeira Classe. O conceituado vinho Clos Canon é produzido pelo Château Canon, do famoso Grupo Chanel, a partir de uvas Merlot em pureza, com passagem por barricas de fino carvalho. Intenso e sedutor, exibe aromas de frutas escuras maduras, mescladas com café, chocolate e delicados toques florais. Macio, saboroso, concentrado e complexo, é um espetacular exemplo do grau de sofisticação que um Bordeaux pode atingir. Essa notável bebida integrou a carta de vinhos da TAM em 2011. Desde 1985, a revista britânica Business Traveller organiza, anualmente, o prêmio “Cellars in the Sky”, composto por 15 categorias. Durante oito meses, um júri de cinco especialistas degusta mais de 250 vinhos servidos na Primeira Classe e na Classe Executiva pelas companhias aéreas de diferentes localidades. Para escolher os vencedores, os jurados consideram que, na altitude, vale a elegância e a sutileza dos vinhos, além do equilíbrio entre a acidez e o álcool. Este último fica mais evidente durante a viagem, sendo um dos mais importantes fatores a ser considerado. Por fim, a escolha também leva em conta a qualidade dos taninos, que são fonte da desagradável adstringência, ou sensação de boca seca, que deve ser evitada a qualquer preço. Nesse quesito, a uva Merlot, base do Clos Canon, é imbatível.

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Desde 2001, Arthur Azevedo, um dos mais conceituados consultores de vinho do Brasil e diretor-executivo da Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo, é responsável pela carta de vinhos da TAM. A busca cuidadosa por vinhos de altíssima gama rendeu prêmios importantes, como o segundo lugar com a sua seleção de vinhos para a Primeira Classe e o terceiro lugar para sua carta de vinhos para a Classe Executiva, no prêmio “Wines on the Wing” da revista norte-americana Global Traveler em, respectivamente, 2011 e 2010; e o de melhor vinho branco para a Primeira Classe no “Cellars in The Sky”.

Infusão é a bebida feita através da imersão de substância aromática em água quente ou a ferver (manter em fogo médio ou baixo). São exemplos de infusão: café, chá e chimarrão. Chá é a infusão de folhas, flores, frutas, raízes ou ervas em água quente e não vamos esquecer que o quentão é também um chá de raiz (gengibre) e pinga com outras especiarias. Quem aprecia o chá afirma que a bebida pode ser consumida em qualquer época do ano, quente ou gelada. No entanto, o hábito brasileiro é tomá-lo nas noites mais frias, que começam com o outono. Conhecer um pouco da história desta bebida é tão bom quanto apreciá-la. Historicamente, o uso do chá teve inicio na Antiguidade, porém, o uso do chá, enquanto bebida social, data da época da dinastia chinesa Tang. Na dinastia Song o chá passou a ser objeto de festas de degustação e de grande estudo, comparável ao que se faz hoje com o vinho. Conta-se que foram os monges budistas e taoistas os primeiros a aderir ao consumo do chá. Para eles, o chá melhorava a concentração mental e tirava o sono. Porém, as grandes árvores da floresta tornavam a sua colheita mais difícil, mas eles, conhecedores das técnicas do bonsai, transformaram as grandes árvores em pequenos arbustos. O Japão foi apresentado ao chá quando monges budistas que haviam ido à China para estudar retornaram ao país. A cerimônia do chá japonesa se solidificou no século XVI, quando também os portugueses chegaram ao Japão e tomaram contato com a infusão. Um século mais tarde, o hábito chegou à Inglaterra, quando uma princesa portuguesa se casou com um rei inglês e começou a patrocinar “tea parties”. O chá passou a ser apreciado pelas mulheres e, posteriormente, pelos homens também; bebido a qualquer hora do dia até o inicio do século XIX, passou, depois, a ser degustado à tarde, nascendo assim a tradição do “chá da tarde”. A China é o maior produtor de chá no mundo e o segundo lugar está para a Índia. Na Índia o chá é popular pela manhã e à noite. Servido quente, com leite e açúcar, o chá do tipo preto é o mais consumido. Nos EUA geralmente o chá é servido gelado e é uma bebida que pode acompanhar as refeições, além de ser apreciada como refresco, servida, também com limão. No Brasil o cultivo teve inicio no século XIX e, mesmo tendo excelente qualidade, não é uma cultura de muito sucesso. A maior parte da produção brasileira de chá é destinada à exportação. A melhor maneira de se preparar o chá é colocar as folhas em um bule, ao invés de um sache. Porém, os saches são também aceitos, mas o resultado do chá feito com folhas é melhor. A quantidade de chá, a temperatura da água e o tempo de infusão determinarão a qualidade da bebida preparada. Mas não há números precisos para isso. Varia para cada marca e origem. O pote para servir o chá deve ser de porcelana para reter mais o calor. Aditivos populares ao chá incluem açúcar ou mel, limão e leite. Quando tomam chá com leite, os conhecedores adicionam chá ao leite e não o leite ao chá, pois o resultado é uma emulsão melhor e de melhor sabor. Para fazer um chá gelado saboroso você vai precisar de 1 litro de água, 2 colheres (sopa) de chá mate, suco de 2 limões tipo Siciliano ou Taiti, açúcar ou adoçante a gosto e uma forma de gelo. Esquente a água até começar a aferventar, desligue o fogo e coloque o chá mate. Tape o recipiente com o chá, mantendo a infusão por até 5 minutos. Coe e deixe esfriar. No liquidificador coloque o suco de limão e o adoçante ou açúcar e acrescente o chá frio e deixe bater. Uma dica: antes de servir, bata novamente, o chá ficará com espuma. Sirva com um cubo de gelo. O chá pode substituir mais do que bem o refrigerante! Chef Gustavo Corrêa • http://chefgustavocorrea.blogspot.com.br/