A filosofia da caixa preta. • Uma máquina semiótica condensa em suas formas
materiais e imateriais um certo número de pontecialidades, e que cada imagem
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A filosofia da caixa preta A mídia (antes de ser multi ou híper)
©RenataGomes•2009
A filosofia da caixa preta • Os dispositivos usados pelos artistas hoje aparecem como “caixas pretas”, cujo funcionamento lhes escapa: – Não é preciso conhecer o comportamento da luz para “fotografar” com uma miniDV – Não é preciso conhecer os algoritmos para operar o Final Cut Pro ©RenataGomes•2009
gênio multimídia
A caixa preta (Flusser)
“Só é possível fotografar o fotografável”
INPUT
Câmera fotográfica
Todas as fotografias já existem como potencialidade dentro da câmera (e, agora, dentro do photoshop) ©RenataGomes•2009
OUTPUT
A filosofia da caixa preta fotografia
conceitos
• Uma máquina semiótica condensa em suas formas materiais e imateriais um certo número de pontecialidades, e que cada imagem técnica produzida através dela representa a realização de algumas dessas possibilidades (Machado, 2001: 39 ). ©RenataGomes•2009
Imagens Técnicas •
Em que nível de competência tecnológica deve operar um artista: 1. Como usuário? 2. Como engenheiro/programador (para penetrar a “caixa preta”)? 3. No plano da negatividade (recusando legitimar a tecnologia)? ©RenataGomes•2009
Níveis de competência 1. • •
Usuário: Em algum nível, quase qualquer um consegue ser usuário Há gradações: dos fazedores de ppts (!) aos gênios do photoshop, criadores/combinadores de “actions”, operadores múltiplos (do Flash ao Maya, a seu bel prazer) ©RenataGomes•2009
Níveis de competência 1. Engenheiro: • O cara que cria/modifica o programa • O cara que cria/modifica o hardware • O pessoal da TI é artista??? ©RenataGomes•2009
gênio multimídia?
Níveis de competência 1. Negatividade:
©RenataGomes•2009
Arte-tecnologia • Recusa sistemática de submeter-se à lógica dos instrumentos ou de cumprir o projeto industrial das “máquinas semióticas”, reinventando suas funções e finalidades (Machado, 2007, 14).
©RenataGomes•2009
Nam June Paik Magnet TV, 1965
Imagens técnicas fronteiras porosas
cinema
Duas recusas: • No nível “técnico” • No nível “da linguagem”
©RenataGomes•2009
Nível Técnico • Desafiar a “caixa preta” não é apenas um modo de produzir arte, mas um fundamento epistemológico sobre a arte-comunicação no mundo contemporâneo: mesmo dentro da indústria, ter isso em mente ajuda a produzir coisas mais inteligentes. Milk, Gus van Saint, 2008 ©RenataGomes•2009
Nível “de linguagem” • Ter consciência das “amarras” do gênero; • “Traçar uma diferença nítida entre o que é a produção industrial de estímulos agradáveis para as mídias de massa e a busca de uma ética/estética eletrônica”
O filho, 2002, irmãos Dardenne
(Machado, 2007: 17)
A lei e a ordem, 2009, Record ©RenataGomes•2009
Entre-Imagens • Em lugar de pensar os meios individualmente, o que começa a interessar agora são as passagens que se operam entre a fotografia, o cinema, o vídeo… (Machado, 2007: 69).
Henri Cartier Bresson
O “fotográfico”: a questão da interrupção e congelamento do tempo, o intervalo e o instante, a tênue fronteira entre movimento e inércia (Bellour apud Machado, 2 007: 71). ©RenataGomes•2009
Expansão do Umwelt
Umwelt
©RenataGomes•2009
O Céu de Lisboa • Um filme que dá corpo ao embate do cinema com as novas tecnologias • Não apenas o tematiza (nível mais superficial), mas o abraça por diversos caminhos (quais?). • DEVER DE CASA: como o filme aborda essa questão??? (Uma cena, concordo/discordo etc.) Wim Wenders, 1994 ©RenataGomes•2009
Bibliografia • Bellour, Raymond. 1997. Entre-Imagens: Foto, Cinema, Video. Campo imagético. Campinas,SP: Papirus. • Flusser, Vilem. 2002. Filosofia da Caixa Preta: Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Coleção conexões. Rio de Janeiro: Relume Dumará. • Machado, Arlindo. 2001. O Quarto Iconoclasmo e outros ensaios hereges. Coleção N-Imagem. Rio de Janeiro: Contra Capa. • -----------. 2007. Arte e Mídia. Arte +. Rio de Janeiro: Zahar.
©RenataGomes•2009