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ESTUDO CRÍTICO DA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTOR NO ..... A NR – 23 – Proteção contra Incêndios trata de forma sobremaneiramente.
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho

Francisco José Neves May Giovani de Souza

ESTUDO CRÍTICO DA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTOR NO SETOR DE MANUTENÇÃO DAS EMPRESAS RIO DESERTO

Criciúma 2005

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho

Francisco José Neves May Giovani de Souza

ESTUDO CRÍTICO DA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTOR NO SETOR DE MANUTENÇÃO DAS EMPRESAS RIO DESERTO

Monografia apresentada como requisito final, à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, Curso de Pós Graduação (Latu Senso), em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC.

Orientador: Prof Hyppólito do Valle Pereira Filho, PhD

Criciúma 2005

Francisco José Neves May Giovani de Souza

ESTUDO CRÍTICO DA PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTOR NO SETOR DE MANUTENÇÃO DAS EMPRESAS RIO DESERTO

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________ Prof. Hyppólito do Valle Pereira Filho, PhD - (UFSC) – Orientador

________________________________________________ Prof. Waldemar Pacheco Júnior, Dr - (UFSC)

____________________________________________ Prof. Arcanjo Lenzi, PhD - (UFSC)

AGRADECIMENTOS

Agradecemos de forma sincera as nossas famílias, pela paciência ao longo do curso. Aos colegas do curso de especialização, pela amizade. A todos professores e a coordenação do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da UNESC. E ao estimado professor Hyppólito do Valle Pereira Filho.

RESUMO

O assunto desta monografia é de grande importância, pois o risco de incêndio, está presente em todas as atividades industriais, domiciliares, resultando como conseqüência, danos materiais, pessoais e também risco de morte. O objetivo final deste trabalho é se fazer uma comparação, entre o sistema de proteção contra incêndio por extintores existente no setor de manutenção das empresas Rio Deserto, e o sistema aqui dimensionado, levando-se em conta as normas da ABNT/NBR 12693, TSIB (tarifa de seguro incêndio do Brasil) e Norma do Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina. No estudo das normas acima citadas, verificamos, que diferentemente do procedimento, ambas tem o mesmo objetivo, ou seja, a proteção contra incêndio por meio de extintores. Para isto, se faz necessário classificar a edificação quanto à classe de risco dos diversos setores, sua classe de ocupação e os diversos materiais combustíveis existentes no seu interior, obtendo-se resultados (parâmetros) para que, ao se enquadrar nas normas, estas nos forneçam a proteção contra incêndio por extintores, na forma de tipo, quantidades e localização. Finalmente, se fazer análise crítica entre os dois sistemas; o atual, e o aqui dimensionado.

PALAVRAS-CHAVE: segurança do trabalho, prevenção de incêndio, NBR 12693, Norma do Corpo de Bombeiros de S.C., TSIB.

SUMÁRIO

TU

CAPÍTULO I ..........................................................................................................9 UT

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................9

TU

UT

1.1 Tema .............................................................................................................10

TU

UT

1.2 Justificativa .................................................................................................10

TU

UT

1.3 Fenômeno ....................................................................................................11

TU

UT

1.4 Problemática ................................................................................................11

TU

UT

1.5 Objetivos ......................................................................................................11

TU

UT

1.5.1 Objetivo Geral ...........................................................................................11

TU

UT

1.5.2 Objetivo Específico ..................................................................................11

TU

UT

1.6. Metodologia ................................................................................................12

TU

UT

1.7. Relevância A Engenharia De Segurança Do Trabalho ............................12

TU

TU

UT

CAPÍTULO II .......................................................................................................13 UT

2. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE EXTINTORES .........................................13

TU

UT

2.1 O que é um extintor de incêndio ................................................................13

TU

UT

2.2 O que é um extintor portátil de incêndio ...................................................14

TU

UT

2.3 Como funciona um extintor ........................................................................16

TU

UT

2.4 Tipo de Agente Extintor ..............................................................................16

TU

UT

2.4.1 Água ..........................................................................................................16

TU

UT

2.4.2 Dióxido de Carbono .................................................................................17

TU

UT

2.4.3 Pó Químico ...............................................................................................18

TU

UT

2.4.4 Espuma .....................................................................................................18

TU

UT

2.5 Como Utilizar um Extintor ..........................................................................19

TU

TU

UT

CAPÍTULO III ......................................................................................................20 UT

3. DESCRIÇÃO AMBIENTAL .............................................................................20

TU

TU

UT

CAPÍTULO IV .....................................................................................................21 UT

4.RESULTADOS ................................................................................................21

TU

UT

4.1 PROJETO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTORES PELA

TU

NORMA DO CORPO DE BOMBEIROS DE SANTA CATARINA – PMSC – CAT / NSCI-SC ...................................................................................................................21 UT

4.1.1 Cálculo da Carga de Fogo .......................................................................22

TU

UT

4.1.2 Edificação Industrial (ANEXO 3) .............................................................24

TU

UT

4.1.3 Capacidades Extintoras ...........................................................................24

TU

UT

4.1.4 Área de Proteção ......................................................................................25

TU

UT

4.1.5 Do Caminhamento ....................................................................................25

TU

UT

4.1.6 Da Sinalização e Localização ..................................................................26

TU

UT

4.1.7 Do Tipo e Quantidade de Extintores .......................................................28

TU

UT

4.2 PROJETO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTORES PELA

TU

ABNT/NBR 12693/1993 ...........................................................................................29 UT

4.2.1 Classificação dos Riscos ........................................................................31

TU

UT

4.2.2 Agente Extintor a ser usado ....................................................................32

TU

UT

4.2.3 Dimensionamento e Distribuição ............................................................34

TU

UT

4.3. PROJETO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTORES PELA

TU

T.S.I.B. (Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil) ......................................................38 UT

4.3.1 Classificação dos Riscos a Proteger ......................................................38

TU

UT

4.3.2 Natureza do Fogo a Extinguir .................................................................38

TU

UT

4.3.3 Substância utilizada para extinção do fogo ...........................................39

TU

UT

4.3.4 Da Classe Ocupacional do Risco e sua Respectiva Área .....................40

TU

TU

UT

CAPÍTULO V ......................................................................................................41 UT

5.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................41

TU

TU

UT

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................................43 UT

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................44

TU

TU

UT

ANEXOS .............................................................................................................45 UT

LISTA DE TABELAS

TABELA 01: Quadro de Áreas.................................................................................21 TABELA 02: Cálculo da Carga de Fogo..................................................................23 TABELA 03: Classe de Ocupação...........................................................................32 TABELA 04: Determinação da Unidade Extintora e Distância a ser percorrida para fogo classe B............................................................................................................34 TABELA 05: Agente Extintor e Capacidade Extintora.............................................39

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01: Teste de Capacidade Extintora Classe A.........................................35 FIGURA 02: Teste de Capacidade Extintora Classe B.........................................36

9 CAPÍTULO I

1. INTRODUÇÃO

O setor de manutenção das Empresas Rio Deserto é de vital importância para a empresa, pois oferece todo o suporte necessário, para um bom desempenho das atividades, oferecendo ainda o desenvolvimento de máquinas e equipamentos, sua fabricação e posta em marcha. Sabemos que a duração e a severidade do incêndio dependerá, respectivamente, da quantidade de combustível e da combustibilidade em razão do tempo de cada combustível no interior da edificação. Desta forma, há a necessidade de se considerar o setor, como um local de grande probabilidade de ocorrência de incêndio. O motivo seria a grande quantidade de diversos materiais combustíveis existente no local, equipamentos de oxi-corte, solda, combustíveis sólidos, combustíveis líquidos, todos em ambiente comum. Faz-se necessário então, a identificação das normas existentes para o caso e no desenvolver deste trabalho mostraremos as diversas normas existentes para o dimensionamento do sistema de proteção contra incêndio por meio de extintores, suas similaridades e suas diferenças, sempre adotando a que visa uma maior proteção.

10

1.1 Tema

Estudo crítico da proteção contra incêndio por extintor no setor de manutenção das empresas Rio Deserto.

1.2 Justificativa

As diversas causas que originam o acidente de trabalho, devem ser estudadas caso a caso, para que se proponha, uma forma de minimizar ou eliminar o risco de acidente de trabalho. Dentre os riscos em uma oficina de manutenção, o risco de incêndio é de grande probabilidade, considerando-se então a necessidade de seu estudo para uma correta proteção do trabalhador e de seus equipamentos. Considerando os diversos tipos de sistemas de proteção contra incêndio e considerando as diferentes normas que dimensionam tais sistemas, verifica-se que a proteção por extintores aplica-se ao caso, pois na norma do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, no seu Art. 17, item II nos diz que só será obrigatório sistema de proteção contra incêndio por hidrantes, a edificação com área igual ou superior a 750 m 2 . P

P

11 1.3 Fenômeno

Analise critica do sistema preexistente de proteção contra incêndio por meio de extintores do setor de manutenção das Empresas Rio Deserto utilizando a norma do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, as normas da ABNT, mais especificamente a NBR 12693/1993, a TSIB (tarifa de seguro de incêndio do Brasil).

1.4 Problemática

É eficiente o sistema de proteção contra incêndio por meio de extintores no setor de manutenção das Empresas Rio Deserto?

1.5 Objetivos

1.5.1 Objetivo Geral

Verificar se é eficiente o sistema de proteção contra incêndio por extintores.

1.5.2 Objetivo Específico

Analisar quantitativamente e qualitativamente os riscos contra incêndio envolvidos no ambiente de trabalho e os materiais combustíveis. Aplicar as normas existentes para proteção destes riscos.

12 1.6. Metodologia Este trabalho foi elaborado, fazendo-se um levantamento qualitativo e quantitativo, do local a ser estudado, identificando os materiais armazenados, suas quantidades, extintores existentes, layout, disposição de máquinas e equipamentos. A Base Filosófica está estruturada no levantamento, identificação e caracterização

dos

riscos.

Posteriormente,

com

auxílio

das

normas

regulamentadoras será feito um estudo de caso dimensionando um novo sistema de proteção contra incêndio por extintores para o setor de manutenção das empresas Rio Deserto assegurando assim maior proteção aos seus ocupantes. Finalmente faremos a análise crítica do atual sistema de proteção contra incêndio por extintores, e a proteção dimensionada neste trabalho, indicado na planta baixa (ANEXO 02).

1.7. Relevância A Engenharia De Segurança Do Trabalho Para o perfeito cumprimento das exigências técnicas relativas à prevenção contra incêndio por meio de extintores, existem três normas referentes ao assunto, sendo que cada uma delas possui suas características e peculiaridades. Este trabalho permitiu o traçado de um elo comparativo entre tais normas, ressaltando as especificidades de cada norma, de forma a ressaltar os pontos forte para a elaboração do Projeto de Prevenção contra Incêndios por meio de extintores. A NR – 23 – Proteção contra Incêndios trata de forma sobremaneiramente superficial os aspectos consoantes a uma boa elaboração de um projeto contra incêndio

por

meio

de

extintores,

especialmente

quando

se

trata

de

dimensionamento, razão pela qual não foi utilizada como parâmetro técnico neste trabalho.

13 CAPÍTULO II

2. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE EXTINTORES

2.1 O que é um extintor de incêndio Um extintor de incêndio é um aparelho, que contém um agente extintor, para ser projetado e dirigido sobre um fogo, pela ação de pressão interna. Esta pressão pode ser fornecida por uma compressão prévia permanente, ou ser obtida por uma reação química, ou pela libertação de um gás auxiliar no momento da utilização do extintor. Os extintores são o meio mais adequado para atacar um incêndio na sua fase inicial. A sua devida utilização permite atacar as chamas incipientes e controlar ou conter o seu desenvolvimento. Um extintor de incêndios pode salvar vidas, extinguir um fogo ou controlálo até à chegada dos bombeiros. No entanto, os extintores só são eficazes quando utilizados corretamente e se forem observadas determinadas condições. Assim, é necessário ter em conta, por exemplo, que quando se utiliza a água como agente extintor, é necessário garantir que não existe equipamento elétrico sob tensão. No caso de líquidos combustíveis, deve ter-se um cuidado especial com o uso da água, sobretudo em jato, para evitar dispersar o combustível e propagar ainda mais o incêndio. Os extintores devem estar em perfeito estado de funcionamento.

14 A inspeção dos mesmos deve ser feita periodicamente, pelo menos uma vez por ano, e em alguns casos duas vezes por ano. Os modelos recarregáveis devem ser recarregados por uma empresa especializada após cada utilização parcial ou total. Um extintor é sempre considerado como um equipamento de primeira intervenção. Apesar das suas dimensões relativamente reduzidas e da sua fácil utilização, o manuseio de um extintor requer algum treino básico. Os extintores são geralmente classificados de acordo com o produto ou agente extintor utilizado e que deve ser adequado a cada tipo de fogo. Assim, os extintores contêm geralmente água, dióxido de carbono, gases inertes, espuma, agentes halogenados, pós-químicos etc. O agente extintor contido no interior do extintor atua sobre a combustão por arrefecimento, abafamento, inibição de reações químicas ou por uma combinação destes fatores. A aquisição de cada tipo de extintor deverá, pois ser feita de acordo com o tipo de risco a proteger.

2.2 O que é um extintor portátil de incêndio

Um extintor portátil de incêndio será um extintor de incêndio concebido para ser transportado e utilizado manualmente. Regra geral, os extintores portáteis têm pesos da ordem dos 6 kg a 9 kg em utilizações mais comuns.

15 Quando se trata de extintores de água a capacidade dos mesmos é medida em termos de litros. As capacidades indicadas nos extintores referem-se ao peso ou ao volume do agente extintor neles contidos. Abaixo segue um desenho esquemático de um extintor portátil:

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

Proteção da Saia Cilindro Recipiente Tubo Sifão Anel O’ring Bucha da Válvula Mola da Válvula Vedante Arruela do Vedante Haste O’ring do Pino

11. Corpo da Válvula 12. Rebite 13. Cabo 14. Gatilho da Válvula 15. Tirante 16. Trava da Válvula 17. Mangueira de Descarga 18. Indicador de Pressão 19. Agente Extintor

16 2.3 Como funciona um extintor

Geralmente um extintor contém no seu interior dois tipos de produtos: o agente extintor propriamente dito, e um gás propulsor que tem como função impulsionar o primeiro para fora do extintor quando da sua utilização. Em alguns casos o agente extintor, por ser um gás sob pressão (como por exemplo o dióxido de carbono), tem ambas as funções, dispensando um agente propulsor. Noutros casos o agente extintor e o agente propulsor encontram-se misturados sob pressão no interior do extintor, como acontece geralmente com os extintores de pó químico (de pressão permanente). Adiante se explica mais detalhadamente como funciona cada tipo de extintor.

2.4 Tipo de Agente Extintor

2.4.1 Água

A água é o agente extintor de incêndio por excelência mas é sobretudo indicada para fogos de classes A (sólidos). A água atua na combustão, sobretudo por arrefecimento, sendo a sua elevada eficiência de arrefecimento resultante de um elevado calor latente de vaporização. A água é mais eficaz quando usada sob a forma de chuveiro, dado que as pequenas gotas de água vaporizam mais facilmente que uma massa de líquido, absorvendo mais rapidamente o calor da combustão.

17 No entanto, em alguns casos é necessário utilizar água em jato sólido, quando se pretende, por exemplo, obter um maior alcance da água para combate a incêndios em fachadas de edifícios, etc.

2.4.2 Dióxido de Carbono

O dióxido de carbono é um gás inerte e mais pesado que o ar, atuando sobre a combustão pelo processo de “abafamento” isto é, por substituição do oxigênio que alimenta as chamas, e também em parte por arrefecimento. Como se trata de um gás inerte, tem a grande vantagem de não deixar resíduos após aplicação. O grande inconveniente deste tipo de agente extintor é o choque térmico produzido pela sua expansão ao ser libertado para a atmosfera através do difusor do extintor (a expansão do gás pode gerar temperaturas da ordem dos –40 ºC na proximidade do difusor, havendo, portanto um risco de queimaduras por parte do utilizador). Também por esta razão o CO 2 não é utilizado em alguns tipos de B

B

equipamento que funcionam com temperaturas elevadas. Apesar de não ser tóxico, o CO 2 apresenta ainda outra desvantagem para B

B

a segurança das pessoas, sobretudo quando utilizado em extintores de grandes dimensões ou em instalações fixas para proteção de salas fechadas: existe o risco de asfixia quando a sua concentração na atmosfera atinge determinados níveis. Por não ser condutor de corrente elétrica geralmente recomenda-se este tipo de agente extintor na proteção de equipamento e quadros elétricos.

18 2.4.3 Pó Químico O pó químico é o agente extintor mais utilizado em extintores portáteis, sobretudo em riscos mais comuns como os edifícios de escritórios e edifícios com ocupações caracterizadas por um risco de incêndio relativamente reduzido. Os halons ao serem libertados para a atmosfera podem provocar danos na camada de ozônio. O pó químico é eficiente em fogos de classes A, B e C, mas tem como principal desvantagem o efeito de contaminação que se produz após a utilização de um extintor deste tipo. Muitas vezes escolhe-se outro tipo de extintores quando se entende que este tipo de agente extintor representa um risco para o equipamento a proteger. No entanto, o pó químico é eficiente e como não se dispersa tanto na atmosfera como um gás, permite atacar as chamas de modo mais rápido e eficaz. Por outro lado, a manutenção deste tipo de extintores requer atenção especial à obstrução de válvulas e orifícios do extintor por partículas de pó, sobretudo se o extintor foi parcial e indevidamente utilizado.

2.4.4 Espuma A espuma é um agente extintor polivalente podendo ser usado em extintores portáteis, móveis e instalações físicas de proteção. Existem basicamente dois tipos de espumas: as espumas físicas, obtidas por um processo mecânico de mistura de um agente espumífero, ar e água, e as espumas químicas, obtidas pela reação química entre dois produtos que se misturam na altura da sua utilização.

19 A espuma física é adequada para instalações de proteção fixa de unidades de armazenamento de combustíveis, por exemplo, ou outros riscos que envolvem líquidos combustíveis e inflamáveis, e classifica-se basicamente em espumas de baixa, média e alta densidade, consoante a respectiva densidade.

2.5 Como Utilizar um Extintor Os primeiros passos e minutos do combate a um incêndio são fundamentais para determinar o sucesso da operação:

Posicione-se no sentido do vento.

Aproxime-se do foco do incêndio cuidadosamente.

Movimente o jato em forma de leque, atacando a base do fogo.

No caso de combustível líquido, evite uma pressão muito forte em sua superfície, para não aumentar a área de combustão.

Ao final, assegure-se de que não houve reignição.

20 CAPÍTULO III

3. DESCRIÇÃO AMBIENTAL

As Empresas RIO DESERTO, com sede no Município de Criciúma, tem como carro chefe o carvão e seus derivados, atuando também, na metalurgia, transporte e cítricos. Fundada a 80 anos e atuando inicialmente em mineração de carvão, possui atualmente um efetivo em torno de 500 colaboradores distribuídos no município de Criciúma, Siderópolis, Cocal do Sul e Lauro Muller. A parte administrativa de toda empresa está localizada na Avenida Getúlio Vargas, nº 515 no município de Criciúma. No que se refere à mineração, seus equipamentos são projetados, fabricados e montados no setor de manutenção que está localizado na Estrada Geral, s/nº, Município de Cocal do Sul/SC. Existe neste setor a usinagem, a montagem, secção de corte, armazenagem de peças, que estão localizados no piso inferior, sendo o setor de projeto e engenharia, localizado no piso superior. O turno de trabalho semanal é de 44 horas, sendo as funções dos colaboradores distribuídas em diversas funções, tais como; torneiros mecânicos, fresadores, soldadores, engenheiros mecânicos, desenhistas entre outros.

21 CAPÍTULO IV 4. RESULTADOS

4.1 PROJETO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTORES PELA NORMA DO CORPO DE BOMBEIROS DE SANTA CATARINA – PMSC – CAT / NSCI-SC

Para todo projeto de proteção contra incêndio no estado de Santa Catarina, considera-se para efeito de aprovação mediante os órgãos públicos, a norma do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, para tanto, deve se seguir um memorial de cálculo, que tem por finalidade avaliar o risco de incêndio, a adequação do agente extintor, a classe de incêndio do local a proteger, a capacidade extintora do agente-extintor, a área e o respectivo caminhamento necessário dos extintores e sua ocupação. Inicialmente calcula-se a carga de fogo dos materiais combustíveis existentes no local de estudo, para tal utiliza-se fórmulas previamente estabelecidas na norma do Corpo de Bombeiros. (ANEXO 1). Tabela 01: Quadro de Áreas Piso Inferior Hidráulica Banheiro Vestiário Banheiro do vestiário Ferramentaria Circulação Setor de manutenção Setor de corte Total

QUADRO DE ÁREAS* Área (m 2 ) Piso Superior 30,08 Sala 1 (engenharia) 10,52 Sala 2 (projeto) 22,80 Banheiro 8,55 15,41 4,43 466,47 79,60 637,86 P

P

* Valores retirados da planta baixa do local (ANEXO 2).

Área (m 2 ) 30,08 20,33 10,09 P

60,50

P

22 -

ÁREA TOTAL: 698,36 m 2

-

ÁREA CONSTRUÍDA: 698,36 m 2

-

Nº DE PAVIMENTOS: 2

-

TIPO DE PAVIMENTO INFERIOR: Cimento Alisado

-

TIPO DE PAVIMENTO SUPERIOR: Piso Cerâmico

P

P

P

P

4.1.1 Cálculo da Carga de Fogo

Para o cálculo da carga de fogo, no setor de manutenção, objeto deste item, devemos considerar a planta baixa (ANEXO 2), para cálculo de áreas, os materiais combustíveis contidos, suas quantidades, localização, equivalente em madeira e poder calorífico. Em posse destes dados, e com uso das fórmulas (ANEXO 1) calculamos a tabela a seguir:

23 Tabela 02: Cálculo da carga de fogo Setor

ManuTenção

Corte

Hidráulica

Ferramentaria

Vestiário

Tipo Combus tível

Estopa Madeira Querosene Plástico Total Estopa Querosene Plástico Madeira Coque Total Óleo Hidr. Óleo Diesel Querosene Estopa Madeira Borracha Plástico Total Estopa Querosene Papel Borracha Plástico Total Madeira Tecido Borracha Total

Plástico Madeira Papel Total Plástico Sala Papel Projeto Madeira Total Total Geral Sala Engenh.

Peso (kg)

20 100 20 10 5 10 5 50 1.000 200 50 20 20 20 50 10 50 50 20 100 30 500 150 20

100 150 250 280 370 60

Poder Caloríf.

Quantidade Equiv. Calorx1000 em (kcal/Kg) (kcal) Madeira (kg) 1º Piso (Térreo) 4.000 80,00 18,80 4.000 400,00 90,90 10.250 205,00 46,60 7.500 75,00 17,04 760,00 173,34 4.000 20,00 4,54 10.250 102,50 23,29 7.500 37,50 8,52 4.000 200,00 45,54 7.000 7.000 1.590,90 7.360,00 1.672,79 10.000 2.000,00 454,54 10.500 525,00 119,32 10.250 205,00 46,60 4.000 80,00 18,80 4.000 80,00 18,80 3.500 175,00 39,77 7.500 75,00 17,04 3.140,00 714,81 4.000 2.000,00 45,45 10.250 512,50 116,47 4.500 90,00 20,45 3.500 350,00 79,54 7.500 225,00 51,13 1.377,50 313,06 4.000 2.000 454,54 4.500 675,00 153,41 3.500 70,00 15,90 2.745,00 623,85 2º Piso 7.500 750,00 170,45 4.000 600,00 136,36 4.500 1.125,00 255,68 2.475,00 562,49 7.500 2.100,00 477,27 4.500 1.665,00 378,41 4.000 240,00 54,54 4.005,00 910,19 218.625,00 4.970,59

Área (m 2 ) P

P

Carga Fogo Ideal kg/m 2 P

466,47

79,60

30,08

15,41

22,80

30,08

20,33 664,77

P

0,0400 0,0195 0,0990 0,0360 0,3700 0,0570 0,2900 0,1070 0,5700 19,980 21,000 15,110 3,960 1,550 0,620 0,620 1,040 0,560 23,460 2,940 7,550 1,330 5,160 3,32 20,300 19,930 6,730 0,700 27,360 5,660 4,530 8,500 18,690 23,470 18,610 2,680 44,760 155,940

Carga de fogo calculada é de 155,94 kg/m 2 . P

P

Segundo a norma do Corpo de Bombeiros, quando os combustíveis estiverem armazenados ou guardados em depósitos, há a necessidade de se

24 calcular a carga de fogo corrigida, como no caso estudado os materiais não se encontram em tal situação, deve-se desconsiderar tal proposição. Calculada a carga de fogo, classifica-se posteriormente a edificação para obtenção de sua ocupação. Considerando o local como sendo oficina mecânica, segundo a norma do Corpo de Bombeiros no seu capítulo II, artigo 10 item III, que determina as medidas de segurança contra incêndios, a edificação será assim classificada: EDIFICAÇÃO INDUSTRIAL.

4.1.2 Edificação Industrial (ANEXO 3)

Com a carga de fogo calculada de 155,94 kg/m 2 e levando-se em P

P

consideração o capítulo IV, artigo 27, item 17 (ANEXO 4), é considerado edificação de RISCO ELEVADO, pois para este caso, o somatório das cargas de fogo foi superior a 120 kg/m 2 . P

P

É importante salientar que a sala de projeto, devido a sua pequena área em relação aos materiais combustíveis existentes no local é o fator predominante para que todo o setor seja considerado de risco elevado.

4.1.3 Capacidades Extintoras

Em função dos materiais combustíveis existentes nos diversos setores, é por esta norma indicado, no seu capítulo V, seção I, artigo 31 o tipo e quantidade de agentes extintores que diz:

25 Espuma, com capacidade extintora igual a 10 litros, para materiais combustíveis, tais como: madeiras, plásticos, papel, tecidos, óleos, gasolina, solventes, lubrificantes, massas lubrificantes. Gás Carbônico, com capacidade extintora igual a 4kg, para materiais combustíveis

tais

como:

óleos,

gasolina,

solventes,

lubrificantes,

massas

lubrificantes, equipamento elétrico. Pó Químico, com capacidade extintora igual a 4kg, para materiais combustíveis

tais

como:

óleos,

gasolina,

solventes,

lubrificantes,

massas

lubrificantes, equipamentos elétricos. Água, com capacidade extintora igual a 10 litros, para materiais combustíveis tais como: madeiras, plásticos, papel, tecidos.

4.1.4 Área de Proteção

Classificado como risco elevado, cada capacidade extintora, deverá proteger uma área máxima de 250 m 2 , conforme capítulo V, artigo 33, seção II que P

P

diz: I – Risco Leve - 500 m 2 P

P

II – Risco Médio – 250 m 2 P

P

III – Risco Elevado – 250 m 2 P

P

4.1.5 Do Caminhamento

Considerando o capítulo V, seção III, artigo 34 que nos diz: I – Risco Leve – 20 metros

26 II – Risco Médio – 15 metros III – Risco Elevado – 10 metros Considerando também a edificação como risco elevado, os extintores devem ser tanto quanto possível eqüidistante e distribuídos de forma a cobrir a área do risco respectivo, e que o operador, não deverá percorrer do extintor até o ponto mais afastado, um caminhamento superior a 10 metros.

4.1.6 Da Sinalização e Localização

Segundo o capítulo V, seção IV, Artigo 36 da norma do Corpo de Bombeiros e considerando a edificação como industrial, a localização e a sinalização dos extintores, obedecerão aos seguintes requisitos: -

A possibilidade de o fogo bloquear o seu acesso será menor possível.

-

Boa visibilidade e acesso desimpedido.

-

Sobre os aparelhos, seta ou círculo vermelho com bordas em amarelo, e quando a visão for lateral, deverá ser em forma de prisma. Ainda, quando o mesmo estiver instalado em colunas, deve-se pintar faixas vermelhas com bordas em amarelo e a letra E em negrito, em toda a coluna.

-

Deverá ser instalado sobre o extintor a 20 centímetros da sua base, círculo com a inscrição em negrito (Proibido Colocar Material), nas seguintes cores:

-

a)

Branco com bordas em vermelho.

b)

Vermelho com bordas em amarelo.

c)

Amarelo com bordas em vermelho.

Se o extintor estiver no piso acabado, deverá ser pintado um quadrado com 1 metro de lado, 0,10 m de bordas nas seguintes cores:

27

-

a)

Vermelho com bordas em amarelo

b)

Vermelho com bordas em branco

c)

Amarelo com bordas em vermelho.

Os extintores portáteis deverão ser afixados de maneira que nenhuma de suas partes fique acima de 1,70 metros do piso acabado e nem abaixo de 1,00 metros.

-

A fixação do aparelho deverá ser instalada, com previsão de suportar 2,50 vezes o peso total do aparelho a ser instalado.

-

Sua localização não será permitida nas escadas (junto aos degraus) e nem em seus patamares.

28 4.1.7 Do Tipo e Quantidade de Extintores

Segundo o capítulo V, seção V, Artigo 37, nos diz: Quando houver diversificação de riscos numa mesma edificação, os extintores devem ser colocados de modo adequado à natureza do fogo a extinguir, dentro de sua área de proteção. O Artigo 39 ainda diz que: em edificações com mais de um pavimento é exigido o mínimo de duas capacidades extintoras para cada pavimento, mesmo que em área inferior ao exigido por uma capacidade extintora. O Artigo 41 diz que, para áreas superiores a 400 m 2 com risco de P

P

incêndio elevado, é obrigatório o uso de extintores manuais e sobre rodas. Dentro deste item há que se considerar os Artigos 42, 43, 44 e 45, que aborda extintores sobre rodas. O Artigo 46 diz que somente serão aceitos extintores que possuem a identificação do fabricante e o selo de conformidade emitido por órgãos oficiais, sejam de vistorias ou de inspeção, respeitadas as datas de vigência.

29 4.2 PROJETO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTORES PELA ABNT/NBR 12693/1993

Para um correto projeto de proteção contra incêndio por meio de extintores pela norma da ABNT/NBR 12693, deve-se levar em consideração para efeito de análise desta norma, o seguinte: A Classe de Risco a ser protegida e sua respectiva Área, a Natureza do Fogo a ser extinto, o Agente Extintor a ser usado, a Capacidade Extintora do extintor e a Distância Máxima a ser Percorrida. Diferentemente da norma do Corpo de Bombeiros onde não há uma classificação dos fogos, a NBR 12693 classifica os fogos em quatro classes de natureza de fogos em função do material combustível, sendo elas: Fogos de Classe A

Fogos que resultam da combustão de materiais sólidos de natureza orgânica, normalmente com formação de “brasas”. Exemplos: madeiras, plásticos, papel, tecidos.

30 Fogos de Classe B

Fogos que resultam da combustão de materiais sólidos liquidificáveis ou líquidos combustíveis. Exemplos: óleos, petróleo, gasóleo, gasolina, éter, álcool, verniz, acetona, solventes, tintas, lubrificantes, massas lubrificantes, ceras, etc. Fogos de Classe C

Fogos que resultam da combustão de gases como o metano, gás natural, propano, butano, etano, acetileno, etc. Fogos de Classe D

Incêndios que resultam da combustão de metais alcalinos como o magnésio, pó de alumínio, sódio, urânio, titânio, etc.

31 Considerando os materiais combustíveis existentes no local em estudo e analisando o que se refere à norma sobre este item, temos: Classe A – Madeiras, tecidos e papéis. Classe B – Plásticos, graxas. Classe C – Equipamentos elétricos energizados.

4.2.1 Classificação dos Riscos

Enquanto não houver norma brasileira para o assunto (norma para classificação dos riscos) adota-se a T.S.I.B. (Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil), que é definida em três classes, segundo a natureza de suas ocupações. Para dimensionar os meios de combate a incêndios, os riscos são classificados por sua classe de ocupação em um índice de 0 a 13 (ANEXO 5).

a) Risco de classe "A" (risco pequeno)- classe de ocupação de 01 a 02; b) Risco de classe "B" (risco médio) - classe de ocupação 03 a 06; c) Risco de classe "C" (risco grande)- classe de ocupação de 07 a 13.

Estas ocupações estão relacionadas na lista de ocupações que segundo a T.S.I.B. está regulamentada pelo Artigo 31, conforme tabela abaixo, onde este índice de ocupações é baseado nos materiais combustíveis que nos fornece sua respectiva rubrica e seu código. De posse do código entramos em uma tabela (ANEXO 6) ocupação do risco, de onde são classificados por sua classe de ocupação em um índice de 0 a 13.

32 Tabela 03: Classe de Ocupação Ocupação

Rubrica

Código

Madeira

Madeira

364

Borracha

Borracha

071

Estopa

Estopa

203

Papel

Papel

422

Óleos Minerais

Óleos Minerais

402

Plástico

Plástico

433

Querosene

Óleos Minerais

402

Analisando os materiais combustíveis, seus determinados códigos, concluímos que: A maioria dos combustíveis em questão, não ocupa uma classe de ocupação na escala 7 a 13 (risco elevado). Porém, há combustíveis como, por exemplo, óleos minerais, querosene, que correspondem uma classe de ocupação entre 9 e 13, e conforme a classe C (risco grande) compreendem classe de ocupação de 07 a 13, adotaremos esta classe para o dimensionamento do projeto.

4.2.2 Agente Extintor a ser usado

De acordo com a natureza dos fogos, os agentes extintores, devem ser selecionados, entre os constantes da Tabela 3 da NBR 12.693(ANEXO 7). Considerando-se esta tabela e tendo como classe de fogo A, B e C, será adotado o de maior risco, ou seja, classe de risco C, para se definir o agente extintor, que no caso poderá ser gás carbônico ou pó químico.

33 Para casos isolados em que haja madeira, papel, que são classes de risco A, o agente extintor utilizado, pode ser água. Deve-se considerar também para o caso de risco classe C, a utilização de sistema de extintores portáteis manuais, e ainda segundo a NBR 12.693, deve-se possuir obrigatoriamente sistemas de proteção enquadrado no tipo II (Sistemas de Extintores Portáteis Sobre Rodas), para edificações classificadas como oficina mecânica sempre que houver área superior a 200 m 2 e não possuam hidrantes. P

P

Para instalação de extintores portáteis deve ser observada a seguinte exigência: 1.

Quando fixados em paredes ou colunas, os suportes devem resistir 3 vezes a massa total do extintor.

2.

A distância do piso a alça de manuseio, não deve exceder 1,60 metros do piso acabado.

3.

A parte inferior deve ter distância de no mínimo 0,20 m do piso acabado.

4.

Não deve ficar em contato direto com o piso.

A de se considerar as divergências entre esta norma e a norma do Corpo de Bombeiros em alguns casos, por exemplo: A capacidade do suporte de sustentação do extintor portátil que a norma Corpo de Bombeiros estipula em 2,5 vezes o peso do extintor; sendo que esta norma define em 3,0 vezes o peso do mesmo. Considerando extintores sobre rodas, a norma do Corpo de Bombeiros considera que para áreas iguais ou superiores a 400 m 2 , haverá necessidade de pelo P

P

menos uma unidade extintora; sendo que esta norma considera área igual ou superior a 200 m 2 . P

P

34 4.2.3 Dimensionamento e Distribuição

Como para fogo Classe C inexiste uma tabela que determine a unidade extintora e a distância máxima a ser percorrida, será utilizada a tabela abaixo:

Tabela 04: Determinação da unidade extintora e distância a ser percorrida para fogo classe B Tipo de Risco

Unidade Extintora

Pequeno

10B 20B 20B 40B 40B 80B

Médio Grande

Distância Máxima a ser percorrida (m) 10 15 10 15 10 15

Observando a tabela acima, concluímos que para tipo de risco grande contra incêndio, podem ser usadas unidades extintoras 40B e 80B e distâncias máximas a serem percorridas são 10 e 15 metros respectivamente. Como devemos sempre visar a maior proteção, adotaremos a distância máxima a ser percorrida de 10 metros, que também é a distância máxima a ser percorrida pela norma do Corpo de Bombeiros. Com esta distância máxima a ser percorrida, temos como unidade extintora de 40B. Sobre o item desta norma que diz respeito a unidades extintoras 40B e 80B, vamos explicar o que vem a ser isto: Quando se diz que um extintor, por exemplo, tem capacidade extintora de 2A, significa que o extintor tem como agente extintor (pó químico ABC, água pressurizado ou espuma mecânica), em quantidade suficiente para apagar um fogo

35 classe A, em um arranjo montado em madeira com ripas medindo 4,5 x 4,5 x 50 cm (Largura x Espessura x Comprimento), segundo a norma NBR 9443, conforme ilustração abaixo: Figura 01: Teste de Capacidade Extintora Classe A

36

Quando se diz que um extintor, por exemplo, tem capacidade extintora de 5B, significa que o extintor tem como agente extintor (pó químico ABC, BC ou espuma mecânica), em quantidade suficiente para apagar um incêndio em um recipiente de metal medindo 1,07 x 1,07 cm (1,15 m 2 ) com aproximadamente 58,5 P

P

litros de líquido inflamável segundo a norma NBR 9444, conforme ilustração abaixo: Figura 02: Teste de Capacidade Extintora Classe B

37

38 4.3. PROJETO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO POR EXTINTORES PELA T.S.I.B. (TARIFA DE SEGURO INCÊNDIO DO BRASIL)

Para um ideal projeto de proteção contra incêndio por extintores, os requisitos para o dimensionamento do número e locação de extintores dependem de: Natureza do Fogo a Extinguir, Substância Utilizada para Extinção do Fogo, da Quantidade dessa Substância, sua correspondente Unidade Extintora, da Classe Ocupacional e da sua respectiva Área.

4.3.1 Classificação dos Riscos a Proteger

Pela T.S.I.B., os riscos a proteger, são classificados em 3 (três) classes, de acordo com a natureza de suas ocupações.(ANEXO 5). Considerando os materiais combustíveis constantes no local de estudo, verificamos que segundo a tabela, (ANEXO 6), que a grande maioria dos materiais se encontram na classe A e B. Porém alguns materiais combustíveis se enquadram na classe C, adotamos assim a de maior risco, ou seja, classe C.

4.3.2 Natureza do Fogo a Extinguir

Esta norma classifica a natureza do fogo a extinguir em classes A, B, C e D, conforme descrito abaixo:

39 Classe A – madeira, tecido, papéis. Classe B - líquido inflamável, graxas, óleos. Classe C - equipamento elétrico Classe D – metais onde a extinção deverá ser feita por meio especiais.

Constatando que os materiais combustíveis em estudo não estão abrangido pela classe D, consideramos para efeito de fogo a extinguir, as Classes A, B e C.

4.3.3 Substância utilizada para extinção do fogo

De acordo com a classificação A, B e C que nos diz o seguinte: A – água, espuma, soda ácida ou soluções dos mesmos efeitos, compostos halogenados. B – Espuma, compostos químicos em pó, gás carbônicos, compostos halogenados. C – Compostos químicos em pó, gás carbônicos e compostos halogenados, utilizaremos substâncias inclusas na Classe C, e para riscos isolados, tais como madeira e papel utilizaremos substâncias da classe A e B. Tabela 05: Agente Extintor e Capacidade Extintora Substância (agente Extintor) A – Água-espuma B – Gás carbônico C – Pó químico

Capacidade do extintor 10 litros 6 Kg 4 Kg

40 4.3.4 Da Classe Ocupacional do Risco e sua Respectiva Área

Para determinar a área de ação máxima de uma unidade extintora, deverá ser considerada a sua classificação de risco (já analisada anteriormente como Classe C). Para este tipo de risco, a área de ação máxima de uma unidade extintora é de 250 m 2 , devendo os mesmos ser dispostos de maneira tal, que possam ser P

P

alcançados de qualquer ponto da área protegida, sem que haja necessidade de o operador percorrer mais de 15 metros. Será exigido o mínimo de duas unidades extintoras por pavimento. Esta norma indica para áreas iguais ou menores que 50 m 2 , a colocação P

P

de pelo menos, uma unidade extintora. Conforme descrito acima, esta norma prevê um caminhamento maxímo de 15 metros, e uma área de proteção de 250 m 2 para cada unidade extintora. P

Adotaremos

para

caminhamento

P

máximo

10

metros,

conforme

dimensionado pela norma do Corpo de Bombeiros, obtendo-se desta maneira uma maior proteção. A área de proteção permanece a mesma. No que se refere à capacidade extintora e se utilizado extintores de CO 2, B

B

há que se considerar, que para efeito de seguro, o extintor terá uma capacidade de 6 kg, superior a exigida pela norma do Corpo de Bombeiro que é de 4kg. Portanto, a edificação poderá perfeitamente ser segurada, pois foram adotadas normas mais restritas que a norma considerada pela seguradora.

41 CAPÍTULO V

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Realizando uma análise crítica, partindo do pressuposto das normas regulamentadoras pertinentes a proteção contra incêndio por extintores, indo de encontro com o projeto atual em vigor (ANEXO 2) no setor de manutenção da empresa Rio Deserto, encontramos desconformidades relevantes enquanto a segurança e proteção da edificação existente. Referente a norma do Corpo de Bombeiros, a norma da ABNT/NBR 12693 e a norma da TSIB (Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil) é necessário salientar sua principal divergência no que rege a classificação do risco segundo sua ocupação,

que

enquanto

a

norma

do

Corpo

de

Bombeiro

classifica

a

ocupação(ANEXO 3) como um todo, as demais normas usam como classificação da ocupação(ANEXO 6) como risco isolado, para tanto torna-se a norma do Corpo de Bombeiros uma norma mais eficaz e prática no que se refere a proteção contra incêndio por meio de extintores.A NR 23, do Ministério do Trabalho e Emprego não é utilizada para projeto e sim para fiscalização. Segundo o capítulo V, seção V, Artigo 37 ao 46, como já citamos anteriormente neste trabalho na página 25, é ressaltado a adequação de extintores devidamente posicionados de forma a extinguir a natureza do fogo, dentro de sua área de proteção. Quando a edificação possuir mais de um pavimento é exigido no mínimo duas capacidades extintoras para cada pavimento, mesmo que em área inferior o exigido para uma capacidade extintora. Neste aspecto encontramos uma

42 desconformidade no setor estudado, pois o projeto atual não adequa qualquer tipo de extintor no pavimento superior. Em conformidade com a norma, áreas superiores a 400 m 2 com risco P

P

elevado de incêndio, o uso de extintores manuais sobre rodas é obrigatório, sendo que o setor de manutenção da empresa não oferece extintor sobre rodas no piso inferior da edificação. Outro aspecto importante diante das desconformidades encontradas é o reduzido número de extintores oferecido pela empresa neste setor, acarretando o desamparo total da área do setor em estudo. Diante das desconformidades abrangentes no dimensionamento da proteção contra incêndio por meio de extintores encontrados no setor de manutenção da empresa Rio Deserto como caminhamento, a capacidade extintora e a proteção de área que cada extintor deve oferecer, conclui-se que o setor de manutenção desta empresa não oferece proteção contra incêndio por meio de extintores, sendo de suma importância à implementação de um sistema eficaz para a erradicação do problema encontrado, sistematizando de forma gradativa e adequando de acordo com a norma pertinente citada acima até sua totalização conforme proposto nesta monografia (ANEXO 2). Acreditamos que nestes parâmetros legais a empresa regulamente novas propostas que supere antigos problemas encontrados, posicionando-se no caminho da necessidade de evitar acidentes garantindo, assim, a segurança no trabalho.

43 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Fazendo-se uma análise crítica, entre o projeto de proteção contra incêndio por meio de extintores, proposta por este trabalho (ANEXO 2), e o projeto atual (ANEXO 2), concluímos, que a situação atual, não está em conformidade com as normas pertinentes a proteção contra incêndio por extintores. Estas

desconformidades,

abrangem

pontos

importantes

no

dimensionamento da proteção contra incêndio por extintores, como o do caminhamento , da capacidade extintora e a proteção de área que cada extintor deve oferecer. Estes motivos de desconformidades que aqui podemos citar, são a ausência de extintores sobre rodas no piso inferior, não respeitando a norma do Corpo de Bombeiros, já citada na página 25, item 5.4.3, ausência de qualquer tipo de extintor no piso superior, contrariando a norma do Corpo de Bombeiros conforme considerado na página 25, item 5.4.3, e a não proteção total da área do setor em estudo, motivado pelo número reduzido de extintores. O dimensionamento aqui proposto, considerou sempre, o de maior risco, e em conformidade final com a norma do Corpo de Bombeiros, que é o órgão público considerado para efeito de aprovação de qualquer edificação para sua liberação. Finalmente concluímos que: O SETOR DE MANUTENÇÃO DAS EMPRESAS RIO DESERTO , NÃO OFERECEM PROTEÇÃO ADEQUADA CONTRA INCÊNDIO POR MEIO DE EXTINTORES,

E RECOMENDAMOS A

IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA AQUI PROPOSTO (ANEXO 2), DE FORMA GRADATIVA ATÉ A SUA TOTALIZAÇÃO.

44 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACELLAR; Ruy H. Formulário Técnico de Ruy H. Bacellar. São Paulo: Globo, 1947.

CAMPOS & DIAS. Comércio de Extintores Criciúma SC.

FERCAM. Indústria e Comércio de Extintores Ltda. São Paulo, 2001. KIDDE BRASIL: Fabricante de Extintores. São Paulo, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.693. Sistema de Proteção de Incêndio por Extintor. Rio de Janeiro: 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9443. Extintor de incêndio classe A: Ensaio de fogo em engradado de madeira.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9444. Extintor de incêndio classe B: Ensaio de fogo em líquido inflamável. Santa Catarina Polícia Militar Corpo de Bombeiros. Norma de Segurança Contra Incêndio. 2.ed. Florianópolis: [s.l], revisada e ampliada, 1982.

T. S. I. B. Tarifa de Seguro e Incêndio do Brasil: Manual de Seguro e Incêndio. SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

YANES. Minas e Indústria e Comércio Ltda. São Paulo, 2001.

NR 23 – Manuais de Legislação ATLAS. Segurança e Medicina do Trabalho. 40 Edição

ANEXOS

ANEXO 1 FÓRMULAS PARA CÁLCULO DA CARGA DE FOGO NORMA DO CORPO DE BOMBEIRO DE SANTA CATARINA (ROTEIRO DE CÁLCULO)

Roteiro de Cálculo para dimensionamento da carga de fogo da edificação:

I – Relação dos materiais combustíveis encontrados na edificação, inclusive o mobiliário. II – Levantamento do peso estimado dos combustíveis. III – Relacionar os respectivos poderes caloríficos. IV – Cálculo da quantidade de calor por combustível:

Q = Ki . Pi Onde, Q = quantidade de calor (kcal) i = unidade considerada K = Poder calorífico (kcal/kg) P = Peso do combustível (kg)

V – Somatório das quantidades de calor: Q = Σ n Ki.Pi i=1 P

P

VI – Cálculo da equivalência em madeira: Pm = Σ n Ki.Pi i =1 P

P

____________

P

Km

Pm = poder calorífico – equivalente em madeira (kg) Km = poder calorífico da madeira – o adotado: 4.400 (kcal/kg)

VII – Cálculo da carga de fogo ideal: q = Pm S U

q = carga de fogo ideal (kg/m 2 ) S = Área da unidade (m 2 ) P

P

P

P

VIII: Cálculo da carga de fogo corrigida – quando os combustíveis estiverem armazenados ou guardados em depósitos. Qc = q m 2 U

Qc = carga de fogo corrigida (kg/m 2 ) m = coeficiente de correção m – admensional P

P

m = velocidade de combustão – m/s velocidade de combustão – m/s U

ANEXO 2 PLANTA BAIXA

4 Kg 5-B

EXTINTOR PÓ QUÍMICO

LEGENDA PROJETO ATUAL

10 Kg 6-A:40-B:C

10 Kg 6-A:40-B:C

10 Kg 6-A:40-B:C

50 Kg 40-B:C

10 Kg 6-A:40-B:C

10 Kg 6-A:40-B:C

10 Kg 6-A:40-B:C

10 l 2-A:10-B

10 l 6-A

10 l 2-A:10-B

EXTINTOR ESPUMA MECANICA

EXTINTOR AGUA ADITIVADA

EXTINTOR PÓ QUÍMICO

EXTINTOR SOBRE RODAS - PQS

LEGENDA PROJETO PROPOSTO

10 Kg 6-A:40-B:C

ANEXO 3 Da classificação de ocupações das edificações Segundo a Norma do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina

DA CLASSIFICAÇÃO DE OCUPAÇÕES DAS EDIFICAÇÕES

Art. 10 – Pra determinação de medidas de Segurança Contra Incêndio, as edificações serão assim classificadas: I – Residencial: a) Privativa (multifamiliar); b) Coletiva (pensionatos, asilos,internatos e congêneres); c) Transitória (hotéis, apart-hotéis,motéis e congêneres). II- Comercial (mercantil e comercial); III – Industrial; IV – Mista (residencial e comercial); V –Pública (quartéis, secretarias, tribunais, consulados e congêneres); VI- Escolar (escola, creches,jardins e congêneres); VII- Hospitalar e Laboratorial; VIII-Garagens; IX-De reunião de público (cinemas,teatros,estádios,igrejas,auditórios,salão de exposições, boates,clubes,circos,centro de convenções, restaurantes e congêneres); X- Edificações Especiais: a) Arquivos; b) Cartórios; c) Museus; d) Bibliotecas; e) Estações de Rádio,TV; f) Centro de Comunicação; g) Subestação Elétrica; h) Centrais telefônicas/telecomunicações; i) Postos para reabastecimento de combustíveis; j) Terminais Rodoviários; k) Oficina de conserto de veículos automotores. XI – Depósitos de inflamáveis; XII- Depósitos de explosivos e munições.

ANEXO 4 CAPÍTULO IV Classificação dos Riscos de Incêndio Segundo a Norma do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina

CAPÍTULO IV

Classificação dos riscos de incêndios

Art. 27 – Para efeito de determinação dos níveis de exigências dos sistemas de seguranças contra incêndio, as edificações serão classificadas em função da ocupação, da localização e da carga de fogo:

I – RISCO LEVE – edificações classificadas como: a) Residencial b) Pública c) Escolar d) Reunião de Público e) Comercial f) Mista Considera-se como Risco Leve também as edificações Comerciais quando em um único pavimento ou, quando edificações Mistas, com via de circulação independente daquela que serve o fluxo residencial e que comportem Carga de Fogo média estimada menor do que 60 kg/m 2 (quando se tratar de várias P

P

instalações comerciais numa mesma edificação, considera-se para efeito de carga computada, o somatório delas).

II – RISCO MÉDIO – edificações classificadas como: a) Hospitalar/Laboratorial b) Garagens c) Comercial

d) Industrial e) Mista f) Especiais

Considera-se

como

Risco

Médio

também

as

edificações

Comerciais,Industriais ou Mistas quando instaladas em mais de um pavimento, com acessos dando em vias de circulação comum (nas mistas quando houver a sobreposição de fluxos comercial – residencial) e com Carga de Fogo média estimada entre 60 e 120 kg/m 2 . P

P

III – RISCO ELEVADO – edificações classificadas como: a) Comercial b) Industrial c) Mista d) Especiais

Quando o somatório das unidades comerciais da edificação mista e as demais comportarem Carga de Fogo estimada, maior do que 120 kg/m 2 . P

P

Parágrafo único – O dimensionamento de caga de fogo da edificação deverá ser apresentado de acordo com os elementos de cálculo constantes no ANEXO 01.

ANEXO 5 Classificação dos Riscos a Proteger pela Norma de TSIB (Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil)

CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92 REGULAMENTO PARA A CONCESS~SO DE DESCONTOS AOS RISCOS QUE DISPUSEREM DE MEIOS PRÓPRIOS DE DETECÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO (Item 2 do Art. 16 da TSIB)

INSTALAÇÃO DE COMBATE A INCÊNDIO POR MEIO DE EXTINTORES, MANGUEIRAS SEMI-RÍGIDAS (MANGOTINHOS), HIDRANTES, BOMBA-MÓVEL E VIATURAS

1.1 – Classificação dos riscos a proteger Para fins de proteção de que trata este item, são os riscos isolados, no conceito da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, classificados em três classes, de acordo com a natureza de suas ocupações. 1.1.1 – Classe A – Riscos isolados cuja classe de ocupação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, seja 1 ou 2, excluídos os “depósitos” que devem ser considerados como Classe “B”. 1.1.2 – Classe B – Riscos isolados cujas classes de ocupação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 3,4,5 ou 6 como os “depósitos” de classes de ocupações 1 ou 2. 1.1.3 - Classe C – Riscos isolados cujas classes de ocupação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam 7,8,9,10,11,12 ou 13.

ANEXO 6 Determinação da Classe de Ocupação pela TSIB (Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil)

Lista de Ocupações Ocupação de Risco

Classe de Ocupação

Borracha 10 – Fabricação de borracha sintética Rubrica 071 20 – Preparação de: 04 21 – sem emprego de inflamáveis................ 06 22 – com emprego de inflamáveis................ 30 Fábrica de artigos de: 05 31 – sem emprego de inflamáveis................ 07 32 – com emprego de inflamáveis............... 40 Regeneração: 06 41 – sem emprego de inflamáveis................ 08 42 – com emprego de inflamáveis................ 08 50 – impermeabilidade..................................... 03 60 – Composição de borracha crua................. 70 – Depósitos ou lojas de artigos de: 04 71 – sem oficina............................................ 05 72 – com oficina........................................... 80 – Oficinas de concertos de artigos sem 06 recauchutagem................................................. 08 90 – Recauchutagem de pneus........................

Ocupação de Risco ESTOPA 10 – Fábricas: 11 – com processo de desfiamento de tecidos................. 12 – Sem processo preventivo na sub-rubrica anterior.... 20 – Depósitos de matéria prima e produtos acabados........ 21 – Com a cláusula 302................................................... 22 – sem a cláusula 302................................................... 23 – com processo de prensagem....................................

Classe de Ocupação Rubrica 203 12 09 06 07 08

Ocupação de Risco

Classe de Ocupação Rubrica 364

Madeira 10 – Depósitos: 11 – de toros – sem serra ou máquinas de qualquer 03 natureza...................................................................... 12 – de tábuas, compensados e laminados – sem serra 05 ou máquinas de qualquer natureza................... 13 – de artefatos – sem serra ou máquinas de qualquer 05 natureza....................................................... 14 – de qualquer espécie, existindo apenas uma serra 06 limitada a força respectiva no máximo de 7,5 H.P.......... 15 – de qualquer espécie ou força superiores às previstas em 14; ou com máquinas de qualquer natureza.......................................................................... Vide sub20 – Serrarias (desdobramento de madeira sem rubricas 20, 30 e 40 aplainamento: 07 21 – A força hidráulica................................................. 22 – A eletricidade, ou a vapor, isolada de 08 caldeira........................................................................... 09 23 – a vapor em comunicação com a caldeira............ 30 – Fábrica de artefatos, laminados e compensados, carpintarias e marcenarias: 10 31 – sem trabalho de estofamento.............................. 11 32 – com trabalho de estofamento.............................. 40 – Estufas para secagem: 08 41 – com vapor, isoladas da caldeira.......................... 09 42 – a vapor, em comunicação com a caldeira........... 10 43 – a ar quente..........................................................

Ocupação de Risco Óleos Minerais (com inclusão de cláusulas 307) 10 – Indústria Extrativa 11 – sem refinação ou destilação ............................... 12 – com refinação ou destilação................................ 20 – Rebeneficiamento, re-refinação ou regeneração de óleos, lubrificantes: 21 – com aquecimento a vapor isolado da caldeira.... 22 – com aquecimento a eletricidade ou com aquecimento a vapor em comunicação com a caldeira.. 23 – com aquecimento a fogo direto........................... 30 – Depósitos não inflamáveis...................................... 40 – Depósitos (inflamáveis) sem manipulação: 41 – Incluindo-se a Cláusula 301................................ 42 – sem a cláusula 301............................................. 50 – Depósitos (inflamáveis) com manipulação: 51 – Incluindo-se a cláusula 301................................. 52 – sem a cláusula 301............................................. Ocupação de Risco Papel 10 – Papel e papelão, fábricas de: 11 – com abridores ou preparação de trapos e fibras. 12 – sem abridores e preparação de trapos e fibras... 13 – sem abridores e preparação de trapos e fibras, com uso de outras matérias primas, estando o depósitos destas com outros riscos................................ 20 – Papel e papelão, depósitos: 21 – de matéria-prima, não havendo depósito de trapos, aparas, farrapos ou fibras................................... 22 – De matéria-prima, não satisfazendo a exigência prevista em 21................................................................ 23 – de papel e papelão em fardos ou rolos............... 24 – de papel velho.....................................................

Classe de Ocupação Rubrica 402 07

05 06 09 04 07 09 09 13 Classe de Ocupação Rubrica 422 07 03

05

04 07 03 07

Ocupação de Risco PLÁSTICAS, MATÉRIAS 10 – Fábricas: 11 – Depósito de matéria-prima................................. 12 – com a cláusula 304............................................. 13 - sem a cláusula 304 e sem fabricação de celulóide........................................................................ 14 – com fabricação de celulóide............................... 20 – depósitos: 21 – sem depósito de celulóide................................... 22 – com depósito de celulóide................................... 30 – Artigos de: 31 – fabricas, com a cláusula 304.............................. 32 – fabricas sem a cláusula 304 e sem emprego de celulóide......................................................................... 33 – fabricas com emprego de celulóide.................... 34 – depósitos ou lojas, sem artigo de celulóide........ 35 - depósitos ou lojas, com artigo de celulóide........

Classe de Ocupação Rubrica 433 V. matéria respectiva 05 07 12 04 07 04 06 10 04 07

Anexo 7 Seleção do Agente Extintor segundo a Classificação do Fogo Segundo a Norma da ABNT/NBR 12.693

ANEXO 07

Seleção do agente extintor segundo a classificação do fogo

Classe Agente Extintor de Água Espuma Espuma CO 2 Pó Pó Hidrocarbonetos fogo Química Mecânica B/C A/B/C Halogenados (A) (A) (A) (NR) (NR) (A) (A) A (P) (A) (A) (A) (A) (A) (A) B (P) (P) (P) (P) (P) (A) (A) C Deve ser verificada a compatibilidade entre o metal combustível e o agente D extintor Nota: (A) Adequado à classe de fogo B

B

(NR) Não recomendável à classe de fogo (P) Proibido à classe de fogo